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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Quatro amigas e um casamento

Bachelorette é um filme incômodo.
Devo explicar: quando você virou uma feminista que tenta “problematizar” tudo ao seu redor (como eu), alguns filmes são intragáveis. Ou alguns personagens (fico devendo exemplificar com o ótimo caso de 500 dias com ela). Então ao assistir Bachelorette, tive diversos momentos de surpresa.
Como o próprio título em português já cita, o filme é sobre um casamento. A personagem a se casar é Becky, interpretada pela sempre ótima Rebel Wilson. Já fiquei feliz de cara. Atriz gorda, interpretando uma personagem satisfeita com seu corpo, vai casar, e as amigas magras anoréxicas são as coadjuvantes. Ah, como eu estava enganada.
O enredo se desenrola e temos uma amiga magra e bulímica sentindo inveja da noiva, uma garota bonita burra e servindo de objeto para os homens ao seu redor, e a terceira amiga baderneira e rastejando aos pés do ex. Nada de novo até agora no mundo das comédias românticas. As três juntas debocham do tamanho de Becky, e destroem seu vestido de noiva acidentalmente.
Até aí tudo isso me incomodava, mas não o suficiente pra desligar a TV. As três seguem numa jornada para recuperar o vestido a tempo do casamento. Enquanto isso, descobrem coisas sobre si mesmas, enfrentam obstáculos juntas. Num final obviamente esperado, as amigas estão felizes, acompanhadas e dançam ao som de I’m gonna be (500 miles), melhor presente que o filme me deu, e que toco em looping desde então.
Acho que o que me fez ir até o final desse filme, é que muitas vezes somos as pessoas que os outros enxergam e nos rotulam. E só quando encontramos adversidades, decidimos gritar “F*CK EVERYONE!”. 

Por Larissa Ludiana

domingo, 28 de fevereiro de 2016

DEADPOOL, MOTHERFUCKER

Tragam um Oscar para esse homem!!!

Faço essa postagem nos acréscimos do 2º tempo, quase perdendo a hora, mas ainda dá pro pessoal do Oscar perceber o erro que estão fazendo e nomearem Deadpool como vencedor de todas as categorias. #that’s the dream
Não vou comentar o fato de que se o Leo Di Caprio ganha o Oscar agora perderemos nosso meme favorito dessa época do ano, e vou pular pra a frase que disse ao sair da sala de exibição de Deadpool e que ainda sustento: “sei que estamos em fevereiro, mas esse é o melhor filme de 2016, e pronto!”
E digo o porquê: o humor maravilhoso, sarcástico, inteligente e pesado do filme não se encontra por aí em qualquer lugar. E me refiro a esse tipo de humor específico, e que nos faz rir de verdade, com gosto, sabe.

~Capitão Deadpool~ lendo minha carta de amor que mandei :)
Além disso, não é novidade que Deadpool abre um precedente maravilhoso de mais filmes com vocabulário e cenas mais pesadas, como seu colega de gênero X-Men foi ao seu tempo um divisor de águas pros filmes de super herói. Sendo fã apaixonada de Tarantino, eu adoro um sangue esguichando pra todo lado, mas mesmo quem não gosta tanto, fica incomodado com aquelas cenas que o herói apanha de 100 e nada de aparecer um roxinho que seja.
Falando em cenas fortes, fica um apelo: gente, parem de levar crianças pra filmes com classificação 16 anos. Tô sabendo que você vive perigosamente e ‘fuck the rules’, mas a classificação tá ali por um motivo tá?!
Outro motivo pra esse filme ser maravilhoso: referências! Meu deus, como eu amo referências. S2
Enfim, sem muito spoiler grazadeus, mas com muito amor, eis minha resenha.

por Larissa Ludiana

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Domhnall Gleeson – Um ator pra toda obra


Mais do que uma cinéfila, eu sou uma nerd de filmes. Quando acabo de ver um filme eu pesquiso sobre ele, os atores, diretores, produtores e etc envolvidos. Engraçado, porque quando eu assisti Questão de Tempo (About Time), isso quando ainda não era um filme pop que vez por outra aparece nos destaques da Netflix, eu não fiz a rotina pós pesquisa. Por isso demorei a me deslumbrar com o Domhnall Gleeson.
Em Questão de Tempo Gleeson interpreta Tim, daqueles bobalhões apaixonados irrecuperáveis. Mais um filme brilhante sobre amor e viagem no tempo – outro ótimo é The Time Traveler's Wife, também com a Rachel McAdams, mas também não há muitos filmes nessa categoria.
A questão é: me apaixonei pelo Gleeson. Digamos que já o imaginei como o Michael Cera irlandês (fadado a fazer papéis de bobão, caso não tenha entendido a referência). Oh, boy! Como eu estava enganada.

Qual não foi minha surpresa quando General Hux entra em cena no lindo maravilhoso Star Wars: The Force Awakens e eu percebo que é o mesmo Domhnall Gleeson. Confesso que por alguns instantes pensei que fosse um dos gêmeos Weasley. Sabe como é: ruivos são todos iguais. No fim das contas ele não era um dos gêmeos Weasley, mas interpretou o irmão Weasley mais velho, o que explica tudo!
Até aí tudo bem, amei ele em Star Wars (como não amar tudo nesse novo Star Wars?), mas vida que segue. Fui assistir O Regresso. Lá estava ele de novo, num tipo totalmente diferente de personagem – de novo.
Resumo da história: tem futuro esse rapaz (além de ruivo e lindo). Gleeson fez 4 filmes em 2015. Todos estão na lista de indicados ao Oscar.

Por Larissa Ludiana

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Minha vida é um filme


Por Larissa Ludiana


Pois é, não sei a de vocês, mas minha vida é um filme, talvez não dos melhores, talvez nem sempre merecendo um Oscar, milhares de vezes uma comédia romântica mal sucedida, mas eu sou a protagonista. Uma protagonista de sangue quente, bem Penélope Cruz, em Vicky Cristina Barcelona, especialmente. Com menos peitos, claro.


Enfim, como todo filme, como este blog, nesse exato momento, chegou a hora da minha reviravolta, do meu retorno triunfal. E pra trazer o Rede Cinefilia de volta dos mortos (perdendo por pouco o dia dos mortos) eu não podia falar de um filme. Eu tinha que falar de todos eles. E de como eles me inspiram a levantar a cabeça todos os dias e escolher a trilha sonora de mais uma aventura.

Felizmente ou infelizmente, os momentos mais difíceis, os momentos mais dolorosos são cortados das lindas comédias românticas em que o cara certo era o cara certo. O tempo passa em um simples fade out onde as pessoas já expulsaram seus fantasmas e são felizes de novo.  Na vida real temos que lidar com a escuridão do fade out, e ela escorre devagar pelo tempo que corre ligeiro, até encontrarmos o final feliz. Que pode até ser feliz, mas definitivamente não é o final. O fim do nosso filme não é exatamente feliz, mas a gente sempre pode editar tudo na nossa cabeça e fazer as coisas se transformarem em milhões de finais felizes, recheando nossa vida em que a única coisa certa é que acaba.


Por fim, prometo não transformar esse espaço num mural da minha vida pessoal e dos meus sentimentos, mas voltar a escrever textos aqui é um passo tão importante e alegre e doloroso como um começo ou um término de namoro. Tudo, na tela e na vida, é cheio de cor e de todos os sentimentos que cabem no peito.
Portanto, leitores novos e antigos, respirem fundo, cabeça erguida, e fade in.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Dia do Trabalho - Quero matar meu chefe


Por Larissa Ludiana

Hoje é dia do trabalho. Dia de comemorar o que dignifica o homem, de celebrar os direitos adquiridos pelos trabalhadores ao longo dos séculos, e, claro, de tirar uma folga do trabalho, por que afinal, trabalhar é bom mas cansa.
Principalmente pra quem tem colegas de trabalho ou mesmo um chefe insuportável. Eu, só tive dois empregos, portanto dois chefes, que foram maravilhosos, e me ajudaram muito. Mas isso só me dá mais certeza de que há um chefe maligno tipo Meryl Streep em O Diabo veste Prada esperando por mim.
Muahahahaha
Quem nunca teve um chefe mala, ou até mesmo já foi um chefe mala? E em homenagem aos queridos chefes malucos, insuportáveis e enlouquecedores, o filme Quero matar meu chefe apresenta três amigos, Nick, Dale e Kurt, que não suportam seus respectivos superiores, e surgem com um plano para matá-los.
Para isso, eles procuram consultoria com Motherfucker (Jamie Foxx, muito engraçado) um ex-presidiário da pesada, que sugere que eles matem os chefes uns dos outros, para não serem capturados. Assim eles começam a espionar os chefes Kevin Spacey, Jennifer Aniston e Colin Farrel. Em meio a gatos que aparecem do nada, cocaína e um GPS com um indiano no comando, eles vão se meter em muita confusão. :P
Esse é um dos filmes da coleção “assisti por que me deram, senão não gastaria meu tempo procurando” e me surpreendi. Muito engraçado, sem ser humor negro estilo Ben Stiller. As piadas vem especialmente pela falta de tato dos personagens principais, e as confusões causadas com a falta de experiência em crimes, como quando contratam um “wet work expert” (Ioan Gruffudd – o Senhor Fantástico) achando que é um assassino profissional.
Aproveite a folga pra sonhar com um mundo sem chefes diabólicos, mas amanhã volte para o trabalho se sentindo vingado pelos personagens. Não vá querer matar seu chefe, hein?

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Maratona do Oscar - A Invenção de Hugo Cabret


Uma história sobre engrenagens, aventuras e sonho. Também uma história que conta com um pouco de fantasia, e muito talento, os primórdios do cinema.
A Invenção de Hugo Cabret ou simplesmente Hugo, no título original, foi o primeiro filme que vi dos dez que concorrem ao Oscar de melhor filme esse ano. Falha minha, claro, mas creio que eu não podia ter começado melhor. E acredito que apesar da disputa estar bem acirrada, ele merece levar o prêmio principal. E por que não todos os outros dez em que também concorre?
Recordista de indicações de 2012, Hugo ainda está nas categorias de melhor diretor, roteiro adaptado, efeitos visuais, edição, fotografia, figurino, direção de arte, mixagem de som, edição de som e trilha sonora. Ufa. É muita coisa. Mesmo assim, ainda acho que caberiam indicações para os pequenos Asa Butterfield e Chloe Moretz, respectivamente Hugo e sua amiga Isabelle.
Atuação mais que especial do Sacha Baron Cohen
O filme com certeza é merecedor de toda essa repercussão, mas deixa a desejar (como já é bastante comum) na divulgação nacional. Principalmente a tradução do título - vocês já sabem que tenho essa implicância - nos deixa com uma certa expectativa, que não é correta. Sim, por que desculpem-me, mas acredito que nem é spoiler dizer que Hugo Cabret não é um inventor, nem inventa nada durante todo o filme. Eu diria que ele é muito mais que um inventor, por que ele é um "consertador", que herdou do pai o amor pelas engrenagens, ferramentas e por consertar coisas aparentemente sem jeito.
E vai ser justamente uma máquina como essa, que ninguém quis, que dá muito trabalho e pouco resultado que levará Hugo numa jornada para "consertar" George Méliès. E se você é um conhecedor de cinema e reconheceu esse nome, não se espante. Aquele mesmo lendário cineasta, que se apaixonou pelo cinematógrafo logo quando foi criado pelos irmãos Lumière. Mais conhecido por ser o criador dos efeitos especiais no cinema. E Ben Kingsley o interpreta com maestria.
Hugo em seu trabalho/casa
Confesso que no começo fiquei irritada com o pequeno Hugo e sua teimosia em guardar segredos. Dos outros personagens e até de nós, o público. Mas, quanto mais ele confiava em mim, quanto mais me contava, me mostrava sobre seus medos, planos, e intenções, mais eu torcia e vibrava e acreditava que havia um final feliz à espera do garoto. E o filme conseguiu me emocionar de todos os jeitos, trouxe milhões de sensações, especialmente por trazer com tanto carinho o assunto cinema. Pois pra mim, cinema não é só sentar na poltrona e comer pipoca enquanto posso passar duas horas vivendo a vida de outra pessoa. Cinema pra mim é se entregar a uma aventura, uma aventura de quadros que se movem, películas pintadas à mão, máquinas complexas que gravam uma história que pode ser contada mil vezes.
Mas se você não é um estudioso de cinema, e nunca ouviu falar em Méliès, não pense que por isso o filme não lhe serve. É uma história para todas as idades, eu diria até para todos os gostos.

Larissa Ludiana

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Missao Impossivel - Protocolo Fantasma

Pra quem não sabe, estou chiquérrima de férias na Alemanha. E uma das coisas que eu estava ansiosa pra fazer era ir ao Kino (cinema em alemão - e se escreve com letra maiúscula mesmo).

Tai o trailer dublado em alemão pra vocês sentirem um pouquinho como foi a minha experiência.



E no fim de semana fomos, eu e a família que está me hospedando. A primeira coisa que me surpreendeu: os alemães não tem o hábito de assistir programas legendados. Acham muito estranho, inclusive, isso de assistir algo e ter que ler ao mesmo tempo. Portanto, tv e cinema, é tudo dublado. Em alemão, lógico. E lá fomos nós, eu rindo antecipadamente de como seria estranho não entender nada.

Daí perguntei: e qual vai ser o filme? - Mission Impossible: Phantom Protokoll. Ok. Eu assisti apenas o primeiro, e lá com minhas reservas. Mas tudo bem, melhor que seja um filme de ação, por que pelo menos me distraio com as cenas eletrizantes. Claro que eu não podia perturbar os outros pedindo que traduzissem tudo, então fui entendendo o filme pelas imagens, afinal cinema tambem é imagem. Ah, a segunda coisa que me espantou: aqui não tem um funcionário esperando na porta da sala pra pegar o ticket. Você compra na bilheteria, e entra na sala. Fim de papo. Incrível as mágicas que podem ocorrer num lugar onde as pessoas são civilizadas e não tentam lucrar a qualquer custo.


 Pôster do filme em alemão

Enfim, e sobre o filme? Calma, que já estou chegando lá. Entramos na sala (cadeiras marcadas, muito legal), apagam-se as luzes, e acende-se a tela. Mais surpresas: aqui tem muito, muito mais comerciais do que nos cinemas nordestinos. Começou o filme, e o que posso dizer? Resumo do filme: o Tom Cruise tem uma missão, tem pessoas tentando impedi-lo de finalizar a missão, tem muitos tiros, tem um vilão, que a julgar pela bomba que ele tenta lançar, quer dominar o mundo, e no fim o Tom Cruise salva o dia mais uma vez. (pessoas anti-spoilers, poupem-me. Convenhamos que é o roteiro esperado pra um filme de ação, né?)



As cenas são meio impossíveis, mas a missão é impossivel, né? Dá pra acreditar, porque o Tom Cruise tem o poder. Como todo filme hoje, seja de que gênero for, tem suas tiradas de comédia, que só ri quando a comédia era na ação, mas os alemães riram bastante, então deve ter um texto engraçado. Carros de luxo e propaganda da Apple até nao poder mais deixaram o filme mais luxuoso. Resumindo, a experiência foi ótima, e pra quem curte cenas de ação muito iradas, vale muito a pena ver essa continuação que estréia em terras brasileiras essa semana. Só fiquei com uma dúvida: será que o Tom Cruise malhou muito pra perder os quilinhos que andava cultivando, ou ele como produtor usou da mais alta tecologia pra ficar bonitão? ;)

Larissa Ludiana

sábado, 22 de outubro de 2011

O (meu) melhor filme de todos os tempos #2

Vocês devem lembrar que o Ricard já disse qual o  melhor filme de todos os tempos na opinião dele (quem não lembra clica aqui e refresca a memória). Bem, chegou a minha vez. Vamos lá.

Bande à part
Em maio de 1968, na França, algo incrível aconteceu. Aos poucos, todas as classes pegaram emprestada uma revolta que começou num cinema, por causa de cinema, para transformá-la no considerado evento revolucionário do século XX.
Eu conheci essa história num filme. Saber que isso realmente aconteceu, que a França realmente parou, por motivos diferentes, mas com início na porta de um cinema, fez eu me apaixonar ainda mais pelo filme.
Esse filme é Os Sonhadores, e é o meu melhor filme de todos os tempos. Por três motivos: 1. As referências ao cinema e a vários filmes clássicos, 2. O fato de você poder pausar o filme em qualquer momento e ter ali uma perfeita foto, e 3. O fato de o filme não narrar uma saga (como a maioria dos filmes faz) mas sim mostrar a subjetividade dos personagens. Sem pressa de chegar ao fim, por que o fim não é o mais importante, e sim os acontecimentos que levaram àquele fim.
Bernardo Bertolucci adaptou o livro de Gilbert Adair (The Holy Innocents, sem tradução em português)que acompanha os jovens irmãos gêmeos Isabelle e Theo, e seu novo amigo americano Matthew. Juntos, trancados em casa, enquanto o mundo muda do lado de fora, os três se descobrem, em meio a vinho e conversas filosóficas.
Algumas pessoas não acostumadas com um cinema mais “desnudo”, podem achar o filme um pouco libertino demais. Para esses recomendo ver a relação de Isa e Theo com olhos mais inocentes e fraternos. É aí onde está a beleza do filme.
Na minha opinião, mais que melhor filme, Os Sonhadores é perfeito. Simplesmente por que Bertolucci fez o que era necessário. Mesmo quando a gente queria um fim diferente para uma cena especial, ou para o filme inteiro.
Larissa Ludiana

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sucker Punch


Se eu tivesse que descrever esse filme em apenas uma palavra, seria “excitante”. Em todos os sentidos que ela possa ser usada.
A começar, claro, pela música. A música guia o filme, do começo ao fim, cada música incrivelmente superando a anterior. Depois, todas as garotas, em trajes tirados das fantasias mais sublimes dos homens. E então, pra completar, armas, bombas e tiros.
Eu diria que este é o melhor filme subestimado dos últimos tempos. Quero dizer, Zack Snyder, diretor, roteirista e produtor, fez um ótimo trabalho. (Já era esperado um bom resultado com cenas de guerra, por causa de 300, e no quesito fantasia “Watchmen”) Mas ainda é um diretor pouco conhecido, e nenhum ator de peso para carregar o filme. Claro que isso até contribui para o resultado. A linda Emily Browning (lembram dela em Desventuras em Série?) deu um show. E ainda canta três músicas da trilha sonora.
Enquanto eu assistia, achava semelhanças com A Origem, por causa das camadas de sonho inseridas uma dentro da outra. Mas fui percebendo que vai muito além disso. Sucker Punch mostra a mente de uma garota torturada, e como a mente pode brincar de esconder a verdade, mascarar a verdade, para que ela pareça menos amarga, mais fácil de fugir. Mas pra onde quer que Babydoll vá, a verdade está sempre procurando brechas por onde se infiltrar.
Internada num hospício pelo padrasto interesseiro, Babydoll está para ser lobotomizada (antiga operação cerebral, usada para apagar a memória do paciente). Ela planeja uma fuga, mas para executá-la, cria uma realidade alternativa, onde ela é vendida para um cabaret, e lá, junto com as outras “dançarinas” executa o plano de fuga.
Acontece que, as vezes, a realidade está esperando no fim do túnel, e o que procurávamos com tanta determinação, não estava onde procurávamos.
Larissa Ludiana
P.S.: Achei essas e mais fotos fantásticas no blog do Lucas Filmes.
P.S.²: Eu já falei que a trilha sonora é INCRÍVEL? Já, né? É que uma vez não era suficiente, é muito boa mesmo!

sábado, 1 de outubro de 2011

UP - Altas Aventuras

Hoje, dia 1º de outubro, é dia do idoso, e eu acho simplesmente perfeito você juntar seus avós, seus pais, enfim, a galera toda na sala e assistir UP - Altas Aventuras. Mas separem os lenços de papel, por que vocês vão chorar. O mais legal é que diferente dos outros filmes que te fazem chorar, UP não guarda as emoções fortes para o fim, mas emociona o tempo todo, mesmo com uma narrativa linear.
UP acompanha o Sr. Carl Fredricksen, que após perder a esposa resolve levar a casa onde sempre viveram até a América do Sul, no tão sonhado Paraíso das Cachoeiras. Ele acaba levando o pequeno e curioso escoteiro Russel de carona, e juntos eles vão passar por "altas aventuras", maus bocados, conhecer o explorador Charles Muntz (ídolo de Carl, e falha temporal no roteiro, pois Muntz já era adulto quando Carl era bem pequeno, e no tempo presente, os dois parecem ter a mesma idade), e fazer amigos nada convencionais.

Repare na simpatia do Vovô
 Apesar de ser muito emocionante, o filme tem ótimas tiradas e cenas engraçadas, como quando Russel vai ofercer ajuda à Carl para ganhar a medalha que falta. Ou quando eles conhecem Dug, o cachorro falante, interpretado por Nizo Neto na dublagem brasileira. Aliás, ele trabalhou junto com o pai nessa dublagem, pois Chico Anísio empresta a voz ao "simpático" Fredricksen.
A casa, e os balões formam uma das melhores sequências visuais
A preocupação da equipe com o aspecto visual do filme é facilmente notável, pois o resultado final é colorido, lúdico e lindo de se ver. Mas podemos acompanhar o processo de pesquisa de cores e imagens no material especial incluso no DVD. Fascinante para os fãs, e uma aula para os aprendizes de desing e animação.
Aproveitem tudo que Up pode lhes oferecer, e guardem os ensinamentos que ele passa tão humildemente, quase sem querer.
E pra quem gosta de jogos, tem um monte deles no site oficial do filme: http://www.disney.com.br/filmes/dvd/up/index.html
Larissa Ludiana

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Cities of Love

Hoje é dia do turismo, e lembrei da franquia Cities of Love, que foi criada pelo produtor, roteirista e diretor francês Emmanuel Benbihy.
A proposta da franquia é convidar diretores, roteiristas e atores consagrados para realizarem curtas-metragens tendo como pano de fundo grandes cidades, turística e historicamente falando. Os segmentos são reunidos num só longa-metragem, intitulado com a cidade destaque.
Até agora foram realizados dois longas: New York, I Love You e Paris, Je T'aime. Destes, vi apenas o primeiro, e com certeza o resultado foi alcançado, por que me apaixonei perdidamente por Nova York.

O primeiro é composto por 11 curtas, cada um exaltando um aspecto diferente, e peculiar da cidade e de seus habitantes, e conta com a presença de Natalie Portman (direção e atuação), Shia LaBeouf, Orlando Bloom, Christina Ricci, Andy Garcia, Ethan Hawke, entre outros. Já Paris, Je T'aime reúne 21 curtas, trazendo nomes como Alfonso Cuarón, Ethan e Joel Coen, Wes Craven e Walter Salles.
Segundo notícias, começa a ser rodado ainda nesse semestre Rio, eu te amo, e já tem confirmados os diretores José Padilha, Fernando Meirelles, Guillermo Arriaga, e os atores Rodrigo Santoro, Priscila Fantin, Camila Belle e Gisele Bündchen.
Já estão progamadas as produções de Shangai, I Love you (lançamento previsto para 2011) e Jerusalem, I Love you (previsto para 2012).
Assistir a esses filmes é amor (love, l'amour...) na certa. Apaixone-se sem culpa e sonhe em viajar por aí vivendo as experiências sublimes que os filmes prometem.
Larissa Ludiana

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

26 de Setembro - Dia Nacional do Surdo

É engraçado como quando começamos a conviver com algo vemos referências por toda parte. Nesse semestre, me matriculei na disciplina de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). De repente, começo a perceber os surdos ao meu redor, e a entender melhor seu modo de ver o mundo. E em meio a essas novas descobertas, soube que hoje é dia do surdo. Achei quatro filmes interessantes de sugerir pra quem se interessa pelo  tema, ou mesmo pra curtir um (ou quatro) bom filme.

O primeiro da lista é Babel. O filme de Alejandro González Iñárritu, é multiplot e tem narrativa não-cronológica. Ou seja, várias histórias, de vários personagens diferentes, numa sequência meio sem lógica.
A história de surdez aparece no núcleo japonês do filme, onde a adolescente Chieko (Rinko Kikuchi) passa pelas experiências comuns à sua idade, mas ela não sabe lidar bem com essas experiências, tanto pela surdez, quanto pela memória da perda da mãe. Destaque para a cena em que Chieko vai para uma boate com os amigos. Iñárritu consegue nos passar a sensação pela qual a adolescente passa, como ela percebe o lugar e as pessoas.

Segunda sugestão: Por Amor. O filme conta com a presença ilustre de Ashton Kutcher e Michelle Pfeiffer nos personagens principais desse drama. Kutsher é Walter, um ex-lutador traumatizado com o assassinato de sua irmã. Ele conhece Linda (Pfeiffer), e começa a se envolver com ela, enquanto faz amizade com seu filho, Clay (Spencer Hudson - ator surdo) um garoto surdo que tem problemas de relacionamento. Através da luta, Clay começa a liberar a raiva que o consome pela perda do pai.
Assisti esse filme por causa da disciplina, e adorei.

Esse filme eu descobri durante pesquisas, e ainda não pude ver, mas adorei o trailer e estou louca para assistir. Os Filhos do Silêncio conta a história de um professor de língua de sinais e sua aluna temperamental., Sarah (Marlee Matlin). Enquanto os dois tentam se ajudar, acabam se apaixonando. O professor James é interpretado por William Hurt.

E a última dica ficou por conta do Ricard, que viu A Música e o Silêncio na Eurochannel. Também entrou pra minha lista. Esse conta a história de Lara, uma menina ouvinte filha de pais surdos, e que sempre foi intérprete para estes. Mas depois de se apaixonar pela música e descobrir seu talento, ela tem um grande dilema: continuar com os pais ou seguir seu sonho. Produção alemã de 1996.

Espero que gostem da seleção.
Larissa Ludiana

terça-feira, 20 de setembro de 2011

How I met your Mother

Faz um tempo que ouço falar desse seriado, mas nunca me interessei o suficiente para procura-lo. Semana passada finalmente comecei a assistir. E me perguntei ferozmente por que cargas d’água ainda não tinha visto.
“Como eu conheci sua mãe” é basicamente o seguinte: Ted Mosby narra para os filhos a história de como conheceu a mulher da vida dele, e mãe de seus filhos (lógico). Mas, como o próprio Ted repete várias vezes, é necessário começar bem antes, quando ele começou a se tornar a pessoa que precisava ser para encontrar a futura esposa. E assim, vamos pela sexta temporada, e nada de mãe das crianças.
Claro, que nessas aventuras, Ted está acompanhado de seus fiéis escudeiros, digo, amigos: Marshall e Lilly – o casal perfeito que está junto desde a faculdade, Barney – o solteiro pegador que está SEMPRE de terno, e Robin – a garota que ele pensou que fosse sua futura esposa no primeiro episódio.
Pra quem nunca viu, How I Met Your Mother é uma sitcom. E pra falar a verdade, visivelmente inspirada em Friends. Claro que Friends, com suas dez incríveis temporadas, serviu de escola pra muitos dos seriados que estão por aí, mas a inspiração aqui é visivelmente clara. Além do bar em que sempre se encontram, onde sempre sentam na mesma mesa, e os elementos de criação dos personagens e suas interações, em um episódio eles vão a uma cafeteria, e Barney diz: “é, ficar lá no bar é bem mais divertido que ficar aqui no café”. (Por favor, me recuso a explicar).
Afora essas duas coisas que me irritam (parecer absurdamente com FRIENDS, e a bendita mulher da vida do cara sempre quase aparecer, mas nunca aparecer) a série é bem divertida, e tem vários bordões que prometem ser os próximos “how you’re doin?” e “OH-MY-GOD”.


"It's gonna be lengen... wait for it... dary. LEGENDARY."


Larissa Ludiana

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A volta das séries que não foram

Pessoal, estamos em “open season”, vamos à caça das novas temporadas dos nossos amados seriados. E de novas séries pra ocupar o lugar das que tiveram fim ou foram canceladas.
E começando pelas novas séries, só entre esse mês e novembro, estão marcadas 28 estreias, entre elas a sitcom New Girl – estrelada pela linda Zooey Deschanel – e Charlie’s Angels, reboot da conhecida série (que depois virou filme) As Panteras. Nem todas essas vão vingar, sendo canceladas mesmo ao fim da primeira temporada, por isso, às vezes é bom só começar a assistir depois da série ser renovada.
Hoje estreia a sétima temporada de How I met your Mother, com episódio especial de 1 hora. Hoje também tem início a 10ª, e mais polêmica temporada de Two and a Half Men, com Ashton Kutscher “substituindo” o ainda mais polêmico Charlie Sheen. Os fãs aguardam ansiosamente, e muitos já torcem o nariz antecipadamente. E amanhã, começa a terceira temporada de Glee.
Corre gente, que tá começando a nova temporada!
No dia 21, quarta-feira, começa a 12ª temporada de C.S.I. (Estou chocada em ver quanto tempo tem durado esse seriado, mas é realmente muito bom.)
A quinta-feira é o dia mais concorrido dos seriados. Geralmente reservado para os que tem mais audiência, é meio que o dia nobre da TV paga. Tantos nos Estados Unidos quanto nos canais nacionais. Portanto, nessa quinta, dia 22, as estreias de The Big Bang Theory (5ª temporada), The Office (8ª temporada), e a ainda pouco conhecida Community, já na 3ª temporada.
Atenção:
  • As datas de estreia anunciadas nesse post são as da TV americana. Para saber datas de novas temporadas nos canais nacionais, procure os sites oficiais.
  • Clique nos títulos das séries para saber mais informações ou vídeos promocionais sobre elas, em sites especializados.
  • Lembro-lhes que sou mera apreciadora razoável de alguns seriados, se esse post contiver alguma informação errada, por favor nos informem.

Larissa Ludiana

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A Saga dos Créditos não Vistos

Quando fui ao cinema ver Capitão América, me deparei com uma cena já comum nos cinemas, senão brasileiros, ao menos nordestinos. Ao menos 90% da plateia sai da sala durante a última cena do filme (ênfase no durante). O que esse pessoal não sabe é que existe a grande possibilidade de estarem perdendo algumas cenas, curtas sim, mas explicativas, conclusivas ou que puxem uma possível continuação. Esse é o mais importante motivo, mas não o único. Os editores de arte costumam trabalhar duro em cada detalhe do filme - inclusive nos créditos. Fazendo créditos animados, que também contam - a seu modo - um pouco da história do filme. Ou até mesmo cenas engraçadas, deletadas, clipes e erros de gravação. Aquele monte de coisas divertidas que você só vai poder ver novamente no DVD (aquele original, ok?).
Sherlock Holmes por exemplo, créditos lindos de se ver.
Além disso existe o motivo principal dos créditos existirem, que é, obviamente, dar crédito a quem trabalhou no filme. Depois você vai ficar batendo a cabeça na parede tentando lembrar o nome da bendita atriz daquele filme pra contar pros seus amigos, e não vai saber. Ou pode se surpreender com pessoas que você nem suspeitava que estavam ali.
Sofia Coppola e Keira Knightley em Star Wars e você não sabia
Ainda por cima você vai evitar aquele tumulto básico e sair na maior tranquilidade.
E agora, a cartada final: você pagou pelo filme todo, pela exibição completa do filme - por que sempre tem um engraçadinho (eu) que quer ficar até o fim - e vai jogar dinheiro fora assistindo só uma parte?
Então é isso, lanço agora o desafio: fique na sala de cinema até o fim dos créditos. Vocês ganharão... Apenas o prazer de se sentirem mais cinéfilos. Ah, não esqueçam de fazer aquela cara de quem conhece todo mundo que está sendo citado.
Larissa Ludiana

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Capitão América - O Primeiro Vingador

Último filme antecessor do tão esperado Os Vingadores, Capitão América é justamente isso, uma espera para outro filme. Durante todo o tempo tive a impressão de todo mundo estar correndo em direção ao fim do filme, uma corrida que deixa a história pessoal do franzino Steve Rogers meio de lado.
De qualquer modo a história não chega a ser mal contada, e a qualidade visual, mesmo em 2D é magnífica. A fotografia define a época e o clima de guerra instalado, e os cenários, especialmente os de guerra, são bastante realistas.
As atuações também não ficam atrás. Chris Evans está irreconhecível do seu outro herói, o exibido Johnny Storm (Quarteto Fantástico), e Hugo Weaving, já habituado aos papéis de vilão dá um show de maldade (e de feiura, vale salientar).
Muita força de vontade um asmático desse tamanho querer se alistar
A trama conta o nascimento do Capitão América, as inúmeras tentavivas de Rogers para se alistar no exército - em tempo de guerra, a propaganda militarista fazia a cabeça dos jovens - e seu ingresso no programa de super soldados. Com a morte do Doutor Erskine (Stanley Tucci, com um sotaque irritante) Rogers parte em busca do Caveira Vermelha, outro lunático que quer dominar o mundo (eles nunca aprendem?). Steve Rogers enfrenta ainda muitas etapas, até se tornar o Capitão América. Mas quando essa transformação acontece, não tem pra ninguém!
Pode parecer o demônio, mas é o Hugo Weaving
Muito criativa a "adaptação" da famosa primeira capa dos quadrinhos do Capitão América, onde ele aparece socando Hitler, para as telas. Esse é um ponto interessante, por que à época dos quadrinhos, o herói foi criado para insuflar o orgulho americano, em baixa devido à guerra. No filme essa "propaganda patriótica" é quase debochada, e isso na minha opinião deu mais crédito ao filme, devido ao desprendimento dos produtores em relação à isso. Essas cenas, dão o teor divertido do filme, em contraponto com o clima pesado da guerra.
Que geringonça é essa, hein?
Por último tenho que comentar a aparição de praxe do agente Nick Fury - Samuel L. Jackson aumentando um pouquinho mais sua já quilométrica filmografia, e os créditos finais. Um belo trabalho da equipe de arte imitando traços típicos dos cartazes publicitários da época, que muita gente não viu porque saiu da sala (tsc tsc). Quem fez isso acabou perdendo também uma cena relativamente longa (para o perfil de cenas pós-créditos) de Os Vingadores. Só pra nos enlouquecer um pouquinho.
Larissa Ludiana

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Rede Social

*Postagem original em 27/02/2011.


Os primeiros minutos de filme me deixaram meio confusa. Fiquei animada com a música do White Stripes – toda a trilha sonora também é muito boa, como prova a indicação na categoria – mas a fotografia escura e amarelada me incomodou. Assim como a fala rápida e desconexa de Jesse Eisenberg – numa bela atuação que lhe valeu indicação na categoria de melhor ator – no papel do polêmico Mark Zuckerberg, criador do Facebook. O ponto positivo foram os créditos iniciais. Simples, mas interessante.

David Fincher – que concorreu a melhor diretor no Oscar – não provoca o mesmo furor e reflexão que causou em seu brilhante “Clube da Luta”. Me incomoda que o filme não se atenha aos fatos e crie novos e ficcionais conflitos. Apesar da falta de veracidade, o roteiro é bem provido de conflitos sustentados no correr da história. Como o site que o Mark do filme cria para zoar as garotas da faculdade depois que sua namorada termina com ele. E que dá o pontapé inicial a todos os conflitos seguintes.

No contexto geral é um bom filme. Mas me deixou perdida de vez em quando, pois a ação muda continuamente entre toda a jornada do facebook e os dois processos movidos contra Zuckerberg, por Eduardo Saverin e os irmãos Wilklevoss. Essa parte é verídica.

A rede social concorreu a melhor roteiro adaptado, fotografia, montagem, trilha sonora e mixagem de som, sendo oito categorias no total, empatando com “A Origem”. Passando longe do favorito “O discurso do Rei”, que teve doze indicações, eu imaginava que não levaria o prêmio principal, porque ele falha no que penso ser o intuito de Fincher: nos dar um choque de realidade quanto ao mundo novo da tecnologia que traz amizades instantâneas e fugazes. Mas há algo com que não contamos: o poder e fama que o facebook tem nos EUA. E isso poderia ter sido algo determinante na premiação.

Larissa Ludiana