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domingo, 28 de agosto de 2011

Top Five - O Cinema Vê o Futuro

Eu não poderia deixar de citar isso logo que li. Tenho a assinatura da revista Aventuras Na História. E a deste mês vem com uma lista de filmes que falam da relação entre cinema, história e futuro. Vou reproduzi-la aqui, afinal o que é bom é para ser conhecido. O site da revista é http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/. Quem quiser ler mais alguma coisa entra lá, mas a matéria está na revista deste mês que chegou nas mãos dos assinantes ontem.

O cinema bebeu na literatura de ficção científica desde a sua origem. O clássico Viagem à Lua, de 1902, é saudado como um dos primeiros filmes com narrativa estruturada, que conta uma história com começo, meio e fim. Em mais de um século de tentativas, algumas predições se mostraram acertadas e outras nem tanto.

Top 5 - Viagem à Lua (1902) - George Meliès

 Livremente baseado na obra de Júlio Verne, Viagem à Lua, de 14 minutos, foi o primeiro blockbuster da história do cinema. Conta a aventura de um grupo que vai à Lua numa nave disparada de um canhão, encontra uma civilização de seres verdes saltitantes (o filme tinha uma versão colorizada) e volta à Terra.

  


 
Acerto: O homem chegaria à Lua 67 anos depois.
Erros: Não previu os foguetes. Os seres verdes continuam escondidos.


Top 4 - Metrópolis (1927) - Fritz Lang

 Metrópolis é uma cidade dividida entre os dirigentes e a classe operária, que vive em condições sub-humanas. O rico Freder se apaixona por Maria, uma profeta dos operários. Mas um cientista maluco faz um robô parecido com Maria que acaba piorando a vida das pessoas.

Acerto: Os robôs agora existem.
Erro: Os operários não existem mais. Ou quase: estão em vias de extinção, substituídos pelos robôs.










Top 3 - 2001 - Uma Odisséia no Espaço (1968) - Stanley Kubrick

 Depois de encontrar um monolito negro na Lua, o governo americano envia uma missão a Júpiter para investigar a existência de vida extraterrestre. O computador que controla a nave, HAL 9000, sai do controle e começa a matar a população.



 
Acertos: Viedofone (iPhone4), computador que sabe conversar (IBMWatson), turismo espacial (Virgin Gallatic).
Erro: A Pan Am , hoje falida, levando turistas ao espaço.

Top 2 - Blade Runner (1982) - Ridley Scott

 Los Angeles, 2019. Quatro androides, os replicantes, buscam seu criador para prolongar a vida, programada para durar 4 anos. Rick Deckard, um Blade Runner - detetive que caça replicantes - é contratado para removê-los (tecnicamente não se pode matá-los, já que não nasceram). A manipulação genética está por toda parte.



Acerto: O grande inchaço das metrópoles.
Erros: A engenharia genética não está tão evoluída. Androides e carros voadores não existem.

Top 1 - De Volta Para o Futuro 2 (1989) - Robert Zemeckis

 Na seqüência do filmes de 1985, Marty McFly dá um pulo no ano de 2015 - uma realidade com TVs de mil canais, carros voadores, tênis autoamarráveis e orelhões futuristas. 








 O sonho de consumo de todo garoto dos anos 80

Acertos: Cinemas wi-max 3D; Táxis que aceitam cartão de débito.
Erros: O fax (lá sobrevive); O skate voador não foi inventado (ainda!); E a inflação do dólar: nada indica que uma Pepsi vá custar US$ 50 até 2015 (ainda!).

Acho que foi legal para o meu primeiro Top Five.

Ricard Wolney

sábado, 20 de agosto de 2011

Dia do Historiador (Cultura Cinematográfica - Coração Valente)

Falar sobre História e Cinema é fácil. Afinal utilizamos muito esta mídia para transmitir conhecimento para os alunos e interessados. E quando conseguimos encontrar um filme onde a qualidade técnica e a retratação histórica é fiel, então...

Nós, aqui do Rede Cinefilia, já falamos de alguns filmes... Aliás, o último ganhador do Oscar é um filme histórico.

Terminei de procurar aqui na listagem de posts do Rede Cinefilia e acabei de descobrir que não falamos muito sobre filmes históricos. O que é um problema que tentaremos solucionar em breve (Só achei o Terra Estrangeira, que fala sobre o período da era Collor e mesmo assim, não é um retrato histórico de alguma coisa, só de um sentimento).

Coração Valente

Falar sobre filmes históricos é, relativamente fácil, afinal, alguns dos melhores filmes de todos os tempos retratam (ou tentam retratar) algum momento histórico importante, tais como: Gladiador, Shakespeare, Titanic, A Lista de Schindler, O Último Imperador, Platoon. Isso só para ficar em alguns ganhadores de Oscar recentes (olha que não coloquei nem concorrentes nem filmes antigos como Ben-Hur ou Cleópatra) que aí seria covardia.

Mas falar sobre filmes de historiadores... Abro aqui o desafio... Não me recordo de nenhum filme de historiador. Filmes de Arqueólogo é fácil. Mas filme de historiador... Quero ver. Me digam um. Procurei na Internet e achei todo tipo de lista e até um trabalho acadêmico belíssimo de uma estudante da UFBA chamada Luciana Pinto. Vemos a história no cinema e o cinema na história.

Enfim, vou parar de enrolar e indicar um filme que gosto muito: CORAÇÃO VALENTE.

Suponho que todos vocês já viram este belíssimo trabalho do Mel Gibson. É um filme fantástico. Tão bom que ganhou o Oscar de 1996. Conta a história de William Wallace, herói escocês, e de como ele se tornou o principal nome na história de seu país, principalmente por ter ajudado na independência da Escócia. Mostra toda a parte prática da guerra e os bastidores da política da idade média. Como falei, os filmes tentam retratar um momento histórico, mas eles têm uma licença poética para contar melhor uma história. Neste aqui, o romance principal não poderia ter acontecido, pois a Princesa da França só passou a morar na Inglaterra três anos após a morte de Wallace... Mas o filme faz a gente esquecer esta parte e até a aceita.

É incrível como a Catherine McCormack não é muito conhecida

O filme tem tudo que uma pessoa normal possa querer em um filme. Ação eletrizante, romance, intrigas. Tudo isso permeado por uma trilha sonora de primeiríssima qualidade, figurinos e cenários perfeitos... Isso tudo sem contar na paisagem escocesa que é uma das maravilhas do mundo natural. A fotografia está deslumbrante, o que torna tudo o que já é lindo, espetacular, de tirar o fôlego. Sou apaixonado pelo país, o que me causa ainda mais arrepios na espinha toda vez que o assisto. Sim, porque o assisto pelo menos uma vez por ano.

Já a Sophie Marceau...

A direção do Mel Gibson, com a sua mão de ferro, deixou o filme com a cara que ele queria (e que o filme merecia). As cenas de guerra são realizadas com figurantes reais, pouquíssima coisa de computação gráfica. Tanto é que nem concorreu ao prêmio na categoria. O relacionamento entre os atores é realmente intenso. Você sente todo o romance no ar entre o Mel Gibson e a Catherine McCormack, primeiro e depois com a Sophie Marceau. Depois todo a força das lutas e o asco com a política de bastidores que... Bem deixa pra lá, senão vou entregar o filme para quem não viu.

HASTA LA VICTORIA SIEMPRE...

Ricard Wolney