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sábado, 19 de março de 2016

Cultura Cinematográfica - Perfil - Jim Carrey

Olá, estamos de volta.

Já falei sobre o melhor ator da atualidade (Edward Norton), lá nos idos de 2011 (veja aqui). Agora falarei do ator mais injustiçado de Hollywood (agora, ainda mais, depois do Oscar ganho por Leonardo DiCaprio) - Jim Carrey.

E tudo começou aqui

Ele estreou no cinema em 1981, no filme Rubberface, que recebeu a tradução posterior (e ridícula) de Um Debilóide Sem Máscara (obviamente devido ao sucesso do filme O Máskara), mas não fez nenhum papel relevante até 1994, quando fez Ace Ventura - Um Detetive Diferente.

E assim começou a má fama...

Esse foi o papel que o lançou ao estrelato. O detetive atrapalhado, especializado em animais, e que, no final das contas, acaba resolvendo o crime que acontece no filme, fez tanto sucesso que gerou uma continuação no ano seguinte. Tudo o que associamos a Jim Carrey já estava lá: caretas, piadas corporais e muito politicamente incorreto. E esse talvez seja um dos motivos da injustiça contra esse ator.

Seu maior sucesso

Mas também, o cara não se ajuda... Ele quis começar sua carreira com papéis de bobalhão e isso forma um preconceito ainda maior. Logo em seguida a Ace Ventura ele lança Débi & Lóide - Dois Idiotas em Apuros e seu maior sucesso em muito tempo: O Máskara. Com isso garantiu a fama de "careteiro". Os filmes são muito bobos e alcançam seu objetivo: o riso fácil. Eu os acho muito engraçados - mas isso é uma questão de gosto... hehehe...

Mais uma das coisas que acabaram com o Batman

Em seguida, encaixou uma sequência de filmes que lhe assegurou cachês milionários com Batman Eternamente (onde interpretou ninguém menos que o Charada) e o já citado Ace Ventura 2 - Um Maluco na África. Fez mais duas comédias O Mentiroso (bonzinho) e O Pentelho (um dos piores filmes que já assisti). E foi aí que a crítica lhe virou totalmente as costas.

O papel mais dramático de sua carreira - Cine Majestic

Depois disso, resolveu encarar alguns papéis sérios, talvez para mostrar que era um bom ator e que conseguiria interpretar personagens "não-careteiros". E vieram seus melhores filmes: O Show de Truman, O Mundo de Andy e Cine Majestic. Pelos dois primeiros ganhou o prêmio de melhor ator no Globo de Ouro. Mas já era tarde para a Academia. Nunca foi indicado.

Big Brother antes de Big Brother

No primeiro filme, interpreta um homem que tem a vida acompanhada por um programa de televisão, isso tudo sem saber de nada. Isso nos primórdios de Big Brother, quando nem havia o programa no Brasil, ainda. O segundo, para quem assistiu alguma coisa de Andy Kaufman, é especialíssimo e é seu melhor filme. É a historia real do comediante americano que fez de sua vida uma grande piada, e levava isso tão a sério que muitas vezes não era compreendido.

Um dos melhores filmes que já assisti - O Mundo de Andy

Depois disso voltou para o mundo da comédia que o consagrou e ainda conseguiu mais duas indicações ao Globo de Ouro, uma delas por O Grinch (maravilhoso) - o monstro que rouba o Natal (literalmente, ele rouba o Natal mesmo) dos Quem e se diverte com isso. Baseado no livro infantil de Doctor Seuss.

A Origem, meio pancada...

No meio de seus trabalhos de comédia registro ainda Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (espetacular), onde divide a cena com Kate Winslet, escrito e dirigido pelo louco Charlie Kaufman, que já escrevera Quero Ser John Malkovich e Adaptação. E Número 23, sua primeira incursão no suspense, onde ele interpreta um cara obcecado pelo número 23, e que começa a perder a sanidade... Os dois filmes são fantásticos.

Filme noir com Jim Carrey? Isso é possível

É isso, vocês viram que fora a citação inicial dos filmes "careteiros" do Jim Carrey, só falei dos filmes bons dele e que mostram que, quando o cara quer, ele é muito bom ator.

Ricard Wolney

domingo, 13 de março de 2016

Cultura Cinematográfica - Mais Filmes Brasileiros no Oscar

Dando continuidade ao post da semana passada (veja aqui), hoje vou falar sobre filmes brasileiros que foram indicados a outras categorias no Oscar.

No post passado falamos sobre os filmes brasileiros indicados, unicamente a Melhor Filme Estrangeiro, o maior prêmio para filmes de língua não-inglesa. Dessa vez, falarei sobre as outras categorias, o que pode incluir filmes realizados por brasileiros, mas não realizados no Brasil, ou categorias onde brasileiros concorreram ao prêmio.

Ary Barroso 

O primeiro brasileiro a concorrer na maior premiação do cinema mundial foi Ary Barroso. Ele mesmo, o autor de Aquarela do Brasil, concorreu, em 1944 pela canção original "Rio de Janeiro" no filme BRAZIL. Não foi dessa vez que ganhamos um prêmio. Como disse uma grande atriz brasileira: "não posso opinar sobre esse filme, não assisti"...

William Hurt - Ganhador do Oscar

Em 1986, um filme brasileiro-estadunidense concorreu a quatro Oscars. Era O BEIJO DA MULHER ARANHA e o diretor era o argentino, naturalizado brasileiro, Hector Babenco. Não podemos considerar este um filme puramente brasileiro, pois foi uma produção hollywoodana, mas tinha um diretor brasileiro, com um grande elenco brasileiro, por isso ele está na nossa lista. O filme concorreu a Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (William Hurt - que ganhou o prêmio) e Melhor Roteiro Adaptado.
É um filme excelente, falando sobre a realidade da época na América Latina, a repressão política e seus presos políticos. A história se desenrola dentro do presídio, onde Luís Molina (William Hurt), um homossexual afeminado preso por corrupção de menor, desenvolve uma espécie de relacionamento com Valentín Arregui (Raul Julia) através de um filme de suspense romântico alemão, que também é uma peça de propaganda nazista.

Depois disso, só em 1999 teríamos um concorrente, na verdade UMA concorrente, aliás UMA SENHORA CONCORRENTE... Fernanda Montenegro.

Fernanda Montenegro e Vinicius de Oliveira

Precisa, mesmo, apresentar? Ok... Fernanda Montenegro é, simplesmente, a maior atriz brasileira de todos os tempos. E tenho o orgulho de ter um filme interpretado por ela concorrendo a melhor filme estrangeiro e de vê-la concorrendo a Melhor Atriz por CENTRAL DO BRASIL. Ela foi a vencedora do Urso de Ouro de Melhor Atriz em Berlim e além do Oscar ainda foi indicada ao Globo de Ouro da categoria.
Sobre o filme já falei no post anterior. Quanto a ela, acho que peguei um abuso tão grande da Gwyneth Paltrow, por ela ter ganho o prêmio da Academia. O filme é fraquinho, a interpretação dela idem. Se era pra perder para alguém de Hollywood que fosse para a Cate Blachet que ganhou o Globo de Ouro por Elizabeth (esse sim, um filmaço).

Douglas Silva - Dadinho é o c...

Em 2004, veio o fenômeno CIDADE DE DEUS. Um pequeno parêntese para explicar como funciona a escolha de filme estrangeiro.
Para um filme estar entre os indicados a melhor filme estrangeiro ele tem que ser enviado, oficialmente por seu país. Para todas as outras categorias, o filme tem que ter sido exibido em território americano no ano anterior ao da exibição (como em todas as outras categorias), mas, para Filme Estrangeiro, pode ser exibido até em janeiro do ano corrente. Foi o caso de Cidade de Deus.
Os votantes para esta categoria precisa ter assistido todos filmes e, a partir daí, fazer a escolha. Normalmente, quem tem mais tempo para esse tipo de escolha são pessoas de mais idade que, não gostaram do filme. Ele não foi indicado a Melhor Filme Estrangeiro.
Mas aí foi que veio a maior surpresa do cinema nacional de todos os tempos. O filme foi indicado nas categorias principais. Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Edição. Só não foi escolhido para melhor filme, porque o lobby para um filme fuleragem sobre um cavalo de corrida (Seabiscuit - Alma de Herói) ganhou esta indicação dele. Aliás, a edição e a fotografia de Cidade de Deus podem ser exibidas em qualquer aula de cinema como uma das melhores de todos os tempos.
Este foi um filme que marcou uma geração inteira e que foi influência em muitas mídias, desde a televisão até quadrinhos, muito foi feito tendo como inspiração Cidade de Deus.
Tudo bem que ele não ganharia, afinal era o ano de fechamento do Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, mas que seria um gostinho especial para o cinema nacional estar concorrendo na principal categoria isto seria.

É isso! (Por enquanto - esta é a parte I)

Ricard Wolney

sábado, 5 de março de 2016

Cultura Cinematográfica - Filmes Brasileiros Indicados ao Oscar

Terminou o Oscar...

E deu Spotlight - Segredos Revelados... Surpresa geral. Afinal a crítica já tinha decretado a vitória de O Regresso, com uma pequena dissidência apontando para Mad Max. Mas o filme de Tom McCarthy levou o prêmio apesar de levar apenas mais um prêmio, o de Melhor Roteiro Original.

Mas o texto de hoje não é para falar do Oscar. Pelo menos não do Oscar 2016.

Vamos fazer uma retrospectiva das indicações brasileiras ao prêmio máximo do cinema.

No começo do blog, fiz um post (veja aqui) com os filmes brasileiros premiados nos principais festivais do mundo: Urso de Ouro de Berlim, Palma de Ouro de Cannes e o Leão de Ouro de Veneza. Foram apenas três filmes: O Pagador de Promessas, Central do Brasil e Tropa de Elite. Indicados, foram mais. E escrevi sobre eles aqui.

Zé do Burro

O primeiro filme brasileiro a ser indicado ao Oscar foi justamente o primeiro brasileiro premiado: O Pagador de Promessas. O filme de Anselmo Duarte, baseado na peça homônima de Dias Gomes, é um primor do cinema. Trata-se de um pequeno proprietário de terra do interior da Bahia, Zé do Burro, que tenta pagar uma promessa de levar uma cruz de sua cidade para uma igreja em Salvador. O filme centra a história nas negações por parte da igreja e nas tentativas de apropriação da imagem do pobre pagador de promessas pelos jornais, por outros religiosos. O filme é contagiante e você fica preso na história torcendo sempre pelo personagem de Leonardo Villar.

Após O Pagador de Promessas, só viemos a ter outro indicado em 1996 com O Qu4tilho. Foi o segundo ano do renascimento do cinema brasileiro e trouxe o que pode ser considerado como uma era de ouro no cinema, pois tivemos três indicados em quatro anos. Foi a época que eu comecei a acompanhar cinema. Era ótimo termos bons filmes brasileiros no cinema.

E o quatrilho está formado

O Qu4tilho, de Fábio Barreto, fala de uma história real, que aconteceu na época da imigração italiana, entre dois casais de amigos que foram morar juntos em uma colônia, especificamente na mesma casa. Já dá para imaginar que iria acontecer alguma coisa. E acontece. A esposa de um marido foge com o marido da outra, dando início ao Qu4tilho do título, uma referência a uma dança italiana onde os pares são trocados. Contando com uma fotografia impressionante para um filme brasileiro dos anos 90, quatro atores maravilhosos (Glória Pires [não posso opinar], Patrícia Pillar, Alexandre Paternost e Bruno Campos) e uma história simples, mas muito bem contada, o filme é excelente. Uma pena ter perdido para um filme holandês, que é até bom (Antonia, o nome do filme), mas O Qu4tilho era melhor e se tinha um filme para tirar o prêmio seria O Homem das Estrelas da Itália.

O Que é Isso, Gabeira?

O próximo filme também é de uma história real: O Que é Isso Companheiro? de 1998, do irmão de Fábio, Bruno Barreto.
O filme conta a história do sequestro do embaixador americano pelo grupo formado pelo hoje jornalista e político Fernando Gabeira. Outro filme excelente, com uma veia mais policial, com uma parte investigativa e outra mais de ação que faz com que o filme tenha um ritmo perfeito para a história que conta. É uma página da nossa história que, cada vez mais, deve ser encarada de frente, a Ditadura Militar. Perdeu para Caráter, outro filme holandês bom. Dessa vez, considero até que haveria um empate

Fernanda Montenegro e Vinicius de Oliveira

O último filme brasileiro indicado ao Oscar foi Central do Brasil, de Walter Salles, em 1999.
Com certeza, o melhor dos quatro. Uma obra-prima do cinema nacional. Alguns o consideram o melhor filme brasileiro já feito. Eu o coloco em um honroso top 3.
O filme conta a história de Dora, maravilhosamente interpretada por Fernanda Montenegro, uma trambiqueira que trabalha na Central do Brasil, a maior estação de trem do Rio de Janeiro, como escritora de cartas. Ela se aproveita das pessoas que não sabem ler para aplicar o golpe. Até que um dia sua vida muda com a chega de um menino, Josué, a revelação Vinicius de Oliveira, que teve sua mãe atropelada na saída da estação e que acabara de escrever uma carta por Dora.
Sem contar muito, o filme vira um road-movie sensacional que mostra as belezas do sertão nordestino com uma fotografia estonteante e com um roteiro que te leva a ficar preso na cadeira e esperar por todos os instantes do filme. Perdeu para o horroroso A Vida é Bela (podem começar a me esculhambar). Não sei se gosto menos do filme italiano por causa disso, ou se o filme é ruim mesmo. E a mestra Fernanda Montenegro perdeu o Oscar de melhor atriz para a insossa Gwynet Paltrow (a Pepper Pots de Homem de Ferro) de Shakespeare Apaixonado.

É isso! A Cultura Cinematográfica está de volta...

Voltei com tudo e, aguardem, por que vem muito mais por aí...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Deadpool

Caralho... Que filme FODA!

Não tem como falar de outra forma sobre Deadpool.

Deadpool começa a ler nosso texto

Escrevi um tempo atrás que tudo é uma questão de expectativa (veja aqui o caso do filme Padre). Muitas vezes você chega no cinema esperando ver um filme de péssimo a ruim e vê um filme regular, ele é, relativamente, bom. Mas se você espera ver um filme de bom a ótimo (como foi o que o marketing do Deadpool nos passa) e você vê um filme ESPETACULAR... Aí ele é do Caralho!!!

Vou logo confessar... Não conhecia o Deadpool antes da campanha de marketing avassaladora da Fox transformá-lo na maior estreia de um filme para maiores nos Estados Unidos. Não sou fã. Não li os quadrinhos. Na verdade, eu nem o conhecia, mas já o considero pacas...

Esse é o Deadpool, Bitches...

O filme, se você não mora em Marte, trata de um anti-herói. Um cara que está em estado terminal e desesperado tenta de tudo, até ser recrutado por uma agência muito estranha para uma experiência. Experiência esta que o cura de seu câncer, mas em compensação o deixa infodível...

Esse é o motivo da máscara

O personagem é conhecido como Tagarela, justamente por ele não se calar um instante (e falar palavrão como em nenhum outro filme da Marvel, ou de qualquer outro baseado em quadrinhos, antes). Ele faz auto-referência, auto-zoação em limites nunca antes vistos.

E tem a tal da quebra da quarta parede. É assim... Quando vemos um filme, nós ficamos de um lado da tela que forma uma parede invisível, pois vemos os outros três lados da cena. O Deadpool nos trás para dentro do filme. Ele quebra essa parede. Ele conversa com você, a ponto dos outros personagens não entenderem o que ele está fazendo. É fantástico.

E vamos para a ação

É comédia, é ação, é romance, é terror... Tudo muito bem feito, mesmo com um orçamento baixo (que é um dos motivos de zoação no filme). As cenas de ação são muito boas. Além disso, tem o fato de redimir o personagem totalmente desfigurado que apareceu em Wolverine: Origens. A única sensação de melhora que penso é que as melhores cenas estão no trailer... Mas, entendo que seja porque quase ninguém já tinha ouvido falar em Deadpool.

Quase ninguém, porque depois do filme, esse vai ser o filme favorito de muita gente.

O deadpool aprova a merda desse texto...

É isso! E que venha Deadpool 2...

P.S.: Não percam a cena pós-créditos... Tik... Tiká...

Por Ricard Wolney

domingo, 24 de janeiro de 2016

Oscar 2016

Eu nunca fiz um apanhado geral dos indicados ao Oscar, apesar do quê, sempre faço minhas observações. Mas tudo tem uma primeira vez. Vou fazer um levantamento, e quem me conhece sabe que gosto muito de números, portanto, vamos aos números do Oscar 2016...

O filme com o maior número de indicações é O Regresso, com 12 indicações. Isto faz dele o provável vencedor? Nem sempre o ganhador é o que tem o maior número de indicações, mas dessa vez acho que não tem nenhum filme para batê-lo. Ele concorre a três dos cinco principais prêmios (Filme, Diretor, Ator, Atriz e Roteiro), sendo eles Filme, Diretor e Ator, mas não concorre a Roteiro o que me deixa com um pé atrás quanto ao filme.

Será que é dessa vez, Leonardo?

O segundo é Mad Max... Bem, não o assisti, mas quem o viu o considera um dos melhores filmes do ano. É incrível que um blockbuster esteja entre os principais indicados, mas quando olhamos bem os números percebemos que fora o de Melhor Filme, todas as outras indicações são técnicas, o que faz com que o filme seja tecnicamente perfeito e, provavelmente, não tão bom em termos de atuação e roteiro, pois nem a isso ele foi indicado. É a primeira vez que um blockbuster concorre a melhor filme desde a série O Senhor dos Anéis, o que o torna um filme que deve ser visto.

Mario Kart - Apocalipse Edition

Quanto aos outros, acho que o grande perdedor da noite será Perdido em Marte, que foi indicado a sete prêmios, mas não conseguirá nenhum, apesar de ser, talvez, o filme mais agradável de se ver deste ano.

Da Próxima Vez Ele Será Deixado Para Trás

Este foi um ano de muitos filmes baseados em fatos reais, assim como o ano passado. Tradicionalmente, Hollywood coloca um ou dois filmes com este estilo, mas ano passado com cinco e este ano, com seis filmes ela saiu da curva. São eles: A Grande Aposta, Brooklyn, Ponte dos Espiões, O Quarto de Jack, O Regresso e Spotlight. Será que os roteiristas estão sem ideias novas e se aproveitando de bons livros?

Os três melhores filmes, na minha opinião, que talvez não queira dizer nada, pois não os assisti, são A Grande Aposta, Spotlight - Segredos Revelados e O Quarto de Jack. São filmes com a cara do Oscar, com elenco e roteiro excelentes baseado em fatos reais (olha aí eles aparecendo). Minha aposta (sem trocadilho, ok?) é que se tem um que possa tirar o Oscar de O Regresso é A Grande Aposta.

Grandes Atores em um Grande Roteiro - Uma Grande Aposta

Para terminar (e para não me alongar muito) não temos nenhum filme concorrendo a um novo espetáculo cinematográfico, explico... Nenhum deles concorre aos cinco grandes. Incrivelmente o maior indicado é O Quarto de Jack que concorre a quatro grandes: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz e Melhor Roteiro. Faltou apenas Ator para fechar o Big Five e teríamos uma grande surpresa este ano.

Incrível como a história deste filme pode ser assustadora

Não falei de nenhum filme tratando de roteiro, direção, atuação e afins, pois não os assisti e temos um cinéfilo louco para falar sobre eles (está contigo Thiago).

É isso... No próximo post falarei sobre os prêmio técnicos...

Ricard Wolney

sábado, 16 de janeiro de 2016

Alan Rickman

Um dos atores ditos “menores” mais amados do cinema.
Assim poderíamos chamar Alan Rickman.

Até a próxima, Alan...

Quando dizemos seu nome, poucas pessoas ligam imediatamente o nome à pessoa.
Mas basta falar, o Xerife de Nottingham, ou, principalmente para a nova geração, o Professor Snape da série Harry Potter que imediatamente sabemos de quem estamos falando.

Um ator que começou tarde na carreira. Só aos 26 anos começou no teatro e só aos 42 chegou ao cinema. E justamente em Duro de Matar, interpretando um vilão, Hans Gruber, marca que carregaria por toda a carreira. Pode ser pelo rosto estranho, meio duro. Mas ele fez muitos vilões marcantes, como os já referidos Xerife, Hans Gruber e Snape.

O cara era bonitão quando jovem...

Seria muito óbvio falar dos filmes mais conhecidos, como os três acima, mas vou falar dos que mais gosto, as comédias: Dogma, Simplesmente Amor e O Guia do Mochileiro das Galáxias.

Em Dogma (leia mais aqui) ele tem um pequeno papel como o Anjo porta-voz divino, Metatron. É pequeno, mas é bem marcante sendo ele a Voz de Deus... Em uma comédia que vira todos os dogmas da igreja de cabeça para baixo, até que seu papel é bastante convencional, mas não deixa de ter alguns trechos bem interessantes.

Se não for feito um sobre algo, não vale a pena conhecê-lo, não é?

Simplesmente Amor é uma comédia no sentido inglês. É mais uma comédia dramática, como alguns filmes são classificados hoje em dia. São sete histórias, cada uma falando sobre amor das mais diferentes formas. Rickman é o marido da Emma Thompson que desconfia que ele o esteja traindo. A atuação simples contrasta com todas as atuações como vilão que ele já fez.

Um lindo casal à beira do colapso

N'O Guia do Mochileiro das Galáxias, ele faz a voz do androide paranoide Marvin. Um sujeitinho (um robozinho, na verdade, mas que a gente esquece no decorrer do filme) pessimista, depressivo, reclamão e que não tem a menor vontade de ajudar a equipe, mas acaba ajudando mesmo assim. A voz marcante de Alan Rickman deixa as frases do androide ainda mais engraçadas: “Ah, a Vida! Pode-se odiá-la ou ignorá-la, mas é impossível gostar dela.”

A vida! Não me fale sobre a vida...

É isso. Alan Rickman se foi e deixou uma legião de velhos e novos fãs. É uma pena que os 69 sejam os novos 27 e que, como disse uma amiga minha, o câncer é a nova heroína.

A Vida não é Justa


2016... Você não está fazendo isso direito...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Maratona do Oscar - Os Descendentes

Este foi o primeiro filme da Maratona do Oscar deste ano que assisti no cinema.

Trata da vida de um advogado no Havaí cuja mulher sofre um acidente de barco, entra em coma e, a partir daí, vê sua vida dar uma reviravolta. Por ele passar muito tempo fora de casa, trabalhando, suas duas filhas (de 10 e 17 anos) não o respeitam e não querem ficar com ele. O começo forçado de uma relação com elas é um dos temas do filme.


No meio disso tudo, ele está como depositário (único responsável) de uma terra que está em sua família desde que um dos primeiros homens que chegaram ao Havaí se casou com uma das princesas locais. De acordo com o governo do Havaí, esta terra tem que ser vendida, não pode mais ficar com seus DESCENDENTES (daí o nome do filme). Ele, como responsável por administrar as terras que foram herdadas, tem que vender a terra, e a família começa a se reunir para decidir se vai vender e para quem.

Excelente filme. No dia, eu quis ficar na sala duas vezes seguidas de tão bom que o filme é.

O filme está concorrendo ao Oscar de Melhor Filme, Diretor (Alexander Payne - de Eleição, Sideways - Entre Umas e Outras e As Confissões de Schmidt), Ator (George Clooney), Roteiro Adaptado e Edição. Em todas as categorias a indicação é merecida. Mas, acho que a única em que se sairá vencedora é como melhor ator. Apesar do quê, não concordo que esta seja a melhor atuação do George Clooney - E Aí Meu Irmão, Cadê Você? é, de longe, o melhor filme (e a melhor atuação) dele.

As Descendentes observam a terra em questão

No Globo de Ouro ele levou Melhor Filme Dramático (o que o faz um sério concorrente a Melhor Filme) e Melhor Ator. Mas o Oscar tradicionalmente contradiz o Globo de Ouro, este ano ganharam Os Descendentes e O Artista... Acho que deve dar A Invenção de Hugo Cabret...

É isso! Vejam.

Maratona do Oscar - Meia-Noite em Paris

Woody Allen volta a ser Woody Allen, nesta deliciosa comédia meio surreal, depois de alguns filmes realizados em Londres que fugiam um pouco do seu estilo clássico que o tornou famoso (comédia de costumes, com roteiro rápido e tiradas muito inteligentes)


Os últimos filmes de Woody Allen, realizados em Londres e em Barcelona são excelentes, mas ao mesmo tempo fogem ao humor constante na obra dele. Neste, ele recupera seu vigor dos anos 70 e 80.

O filme trata de um escritor (meio fracassado, Owen Wilson como um alter-ego do próprio Woody, aliás em alguns momentos achei que era o próprio Woody Allen quem estava sendo filmado) que está com problemas para finalizar seu mais novo livro e viaja com a noiva para Paris, cidade que ele idolatra. No meio desta viagem ele entra em uma "viagem": toda meia-noite ele acaba indo parar nos anos 20 - período que ele considera mais perfeito que o atual, afinal foi nesta época, e nesta cidade, que viveram, ao mesmo tempo, Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald, Pablo Picasso, Cole Porter, Salvador Dali, Luís Buñuel, entre outros.

Ernest Hemingway e F. Scott Fitzgerald

Ele encontra todos estes escritores, músicos e personagens importantes da história e chegamos à discussão sobre se nossa época de ouro é, realmente, uma época de ouro, ou se a grama do vizinho é sempre mais verde. Ele conhece uma modelo da época, interpretada por Marion Cotillard, e é forçado a confrontar seus pensamentos sobre este assunto.

Eu também trocaria a Rachel McAdams pela Marion Cotillard

O filme é excelente, a direção de Woody Allen é a melhor desde Crimes e Pecados (tudo bem que em Vicky Cristina Barcelona encontramos os lampejos de Woody Allen, mas neste ele se supera) e tem atuações brilhantes de Owen Wilson, Rachel McAdams e Marion Cotillard além de participações mais que especias de Martin Sheen, Kathy Bates e Adrien Brody.

No Oscar deste domingo, o filme concorre a Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original e Direção de Arte (Cenários). É pouco frente à magnitude do filme. Acho que ele talvez leve roteiro se O Artista não arrastar tudo.

É isso! Assistam que vale a pena.

Ricard Wolney

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Cultura Cinematográfica - Across The Universe

Ontem eu e a Lu assistimos um filme excelente: Across The Universe.

Literalmente ESPETACULAR!!!

Is there anybody going to listen to my story, all about the girl who came to stay

O filme é um espetáculo, tanto visual quanto auditivo. E pra quem é fã dos The Beatles é mais especial ainda. São 34 músicas (que passam quase completamente) cantadas pelo elenco original.

Lucy in the Sky with Diamonds

O filme, em si, é uma viagem e passa por todos os períodos da vida musical dos caras. Conta a história de Jude (já começa aí), vivido por Jim Sturgess, um operário inglês que vai para os EUA tentar encontrar seu pai (que era do exército e que teve um caso com sua mãe enquanto servia na Inglaterra). Lá encontra Lucy (Evan Rachel Wood), uma menina de uma família rica.

Diga se não são Janis Joplin e Jimi Hendrix

Alguns personagens representam grandes nomes da música da época: temos Dana Fuchs interpretando Sadie, que no filme claramente notamos ser Janis Joplin. E Martin Luther McCoy como Jo-Jo que reflete Jimi Hendrix. Ambos são músicos profissionais e que foram escalados para o filme por sua qualidade musical. E ainda temos uma participação mais que especial de Bono Vox (do U2) como Doctor Robert. Quem gosta de Beatles vai amar.

Doctor Robert in a Magical Mystery Tour

Os dois acabam sendo envolvidos pelos movimentos da época (pacifismo, luta contra a guerra do Vietnã, sexo, drogas e rock and roll) e o filme vai se desenrolando num crescendo nervoso e maravilhoso de músicas. Tenho que avisá-los: é um MUSICAL, portanto, quem não gosta de musicais, faça uma forcinha e se você não conhece os Beatles, essa é uma boa oportunidade.

É isso! Assistam a mais esta indicação de carnaval.

Ricard Wolney

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Cultura Cinematográfica - Os Homens Que Não Amavam As Mulheres


Acabamos de chegar do cinema onde vimos Millenium - Os Homens Que Não Amavam As Mulheres.

Daniel Craig e Rooney Mara

Muito bom filme. Trata de um caso de assassinato em uma família muito conturbada. Um jornalista é contratado para fazer a investigação e vai contar com a ajuda de uma assistente... digamos assim... um pouco estranha, interpretada belissimamente por Rooney Mara. O filme é muito violento (mais visualmente que psicologicamente) e tem algumas horas em que é incômodo ver as cenas de violência. Trata, um pouco de longe, sobre como os suecos apoiaram o nazismo na época da segunda guerra e como até hoje não está muito bem resolvido este assunto e como ainda existem alguns nazistas dentro da sociedade sueca como um todo.

No geral, excelente. Mas já ouvi falar que a versão sueca (o filme é baseado em um livro sueco de Stieg Larsson) é melhor.

É mais ou menos isso que vemos no filme (um pouco mais em preto e branco)

O filme é do diretor David Fincher (que considero o melhor diretor da atualidade - entre os novos é claro) e tem atuações espetaculares, especialmente de Rooney Mara que interpreta a heroína Lisbeth Salander. É uma pena o filme não estar concorrendo ao Oscar de melhor filme, apenas a melhor atriz e alguns Oscars técnicos.

A edição muito boa, muito bem montado o filme. A fotografia belíssima aproveita muito bem todos os tons de cores de todas as estações da Suécia (local onde o filme foi feito). Os muitos tons de branco, cinza e azul do Inverno gelado da Suécia. As cores do Outono e da Primavera. muito legal e foram reconhecidos pela Academia.

É isso! Vejam!

Ricard Wolney

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

CINEMA 2011 - Balanço

A Globo deu um gás neste final de ano.

Madagascar 2

Tudo bem que eu já vinha em atraso desde Outubro, quando passaram Madagascar 2 (que confiei ao João Teodoro, mas, como não sou explorador de menores, não fiquei pressionando ele para fazer o post) e Missão Babilônia (este confiei a um amigo do BB - valeu, viu, Mário?). Mesmo já tendo assistido o primeiro, fui ficando desmotivado e, com o trabalho já especificado em Vida de Bancário, foi ficando impossível continuar a acompanhar o ritmo alucinante que a Globo impôs no final do ano (que, aliás, me surpeendeu).

Missão Babilônia

Fazendo um pequeno balanço do ano, temos os dados a seguir:

Austrália

ABRIL - 3 filmes (Homem de Ferro, Jogo de Amor em Las Vegas e O Grande Dave)
MAIO - 3 filmes (Hancock, A Lenda do Tesouro Perdido 2 e Código de Conduta)
JUNHO - 1 filme (Trovão Tropical)
JULHO - Nenhum filme
AGOSTO - 1 filme (Zohan: O Agente Bom de Corte)
SETEMBRO - 1 filme (Piratas do Caribe 3)
OUTUBRO - 4 filmes (A Bela e a Fera, Kung Fu Panda, Madagascar 2 e Missão Babilônia)
NOVEMBRO - 1 filme (Ratatouille)
DEZEMBRO - 4 filmes (Austrália, High School Musical 3, As Crônicas de Nárnia 2 e Marley e Eu)

High School Musical 3

Observando bem, notamos que foram exibidos 9 filmes em 6 meses. E olhe que em um mês de férias, não foi exibido nenhum filme anunciado. Depois, a mesma quantidade foi exibida em apenas 3 meses.

As Crônicas de Nárnia - Príncipe Caspian

Com isso (a junção de final de ano bancário com o ritmo alucinante da Globo), acabei deixando de postar sobre seis filmes. Não sei se é melhor abandonar aqui, ou ir postando, no limite do bom-senso, até aparecer o Cinema 2012. Escolhi a segunda opção, já que assisti dois dos seis filmes. Sobre eles escreverei ainda este mês, já que estou de férias. Depois vou ver como faço quanto aos outros.

Marley & Eu

É isso!

Volto em breve para completar esta lista. Abração.

Ricard Wolney