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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Os favoritos para Oscar 2016 em cada categoria - The Oscar Goes To...

Começou!! Tá rolando agora a cerimônia do Oscar!! Depois de um mês inteirinho de maratona, comentando sobre os grandes filmes do ano e que receberam mais indicações ao Oscar 2016, finalmente vamos conhecer os premiados. E na última postagem do Rede Cinefilia antes da grande noite, vou falar quais são os meus favoritos em cada categoria. Fiquem à vontade para palpitar também :


Melhor Animação
A disputa é bastante interessante nesta categoria, que apesar de possuir cinco indicados, concentra as atenções em duas produções. Temos mais um grande investimento da Pixar, Divertida Mente, e um filme nem tão badalado assim, mas muito bem conceituado pela crítica, o brasileiro O Menino e o Mundo. Claro que nossa torcida é pelo filme brasileiro, mas aqui é bastante difícil desbancar a toda poderosa Pixar. O Oscar deve ficar com Divertida Mente.


Melhor Filme Estrangeiro
Confesso que aqui não fiz meu dever de casa, não assisti nenhum dos indicados nesta categoria. Mas tanto pela lista, que conta com filmes da Colômbia, França, Hungria, Dinamarca e até da Jordânia, quanto pelas críticas que li, esse deve ser o prêmio mais difícil de se prever. Se fosse para apostar, ficaria com o dinamarquês. O filme conta a história de uma companhia militar capturada pelos Talebãs, no Afeganistão e tem recebido ótimas críticas.


Melhor Documentário
Vi três dos cinco indicados: Amy, What Happened, Miss Simone? e Winter of Fire. Aqui a disputa não é fácil, são otimos filmes, cinematograficamente muito bons, mas meu favorito é a excelente produção Netflix, Winter on fire: Ukraine's Fight for Freedom, que conta a história das manifestações na Ucrânia em 2013 e 2014, violentamente reprimidas pelo governo.


Melhor canção original
Eis os indicados:
"Earned it", The Weekend ("Cinquenta tons de cinza")
"Manta Ray", J. Ralph & Antony ("Racing extinction")
"Simple song #3", Sumi Jo e Viktoria Mullova ("Youth")
"Writing's on the wall", Sam Smith ("007 contra Spectre")
"Til it happens to you", Lady Gaga ("The hunting ground")
Minha torcida é por Sam Smith, acho que é a canção que mais tem a cara do filme. Mas o lobby da Gaga é grande, não é surpresa nenhuma se o Oscar ficar com a loira.


Cabelo-Maquiagem e Figurino
São categorias geralmente dominadas por filmes de época, que costumam fazer um grande trabalho quanto aos contornos dos personagens. Por isso A Garota Dinamarquesa e Carol estão na lista, e não são fracos não. Mas fica difícil tirar o Oscar dos maiores concorrentes da noite, O Regresso e Mad Max. Esses dois são filmes tecnicamente perfeitos e entre eles acho Mad Max melhor quanto aos aspectos visuais. Minha aposta é que Mad Max fique com o prêmio nas duas categorias.


Edição e mixagem de som
Nessas categorias O Regresso é "favoritaço", quase imbatível. Temos grandes concorrentes sim, Perdido em Marte, Star Wars e Mad Max. Mas O Regresso trabalha muito bem todos os aspectos de som, é perfeito nesse quesito. É complicado dizer isso quanto à disputa do Oscar, mas nessa categoria são "favas contadas"!!


Design de produção, efeitos visuais e montagem
Todas essas categorias trazem o conceito visual do filme, seu projeto artístico e a elaboração dos planos e das cenas. Como falei anteriormente, acredito que Mad Max é visualmente melhor que seus concorrentes, por isso é meu favorito. Mas diferente dos aspectos de som, essa disputa é mais difícil, não dá para "cravar".


Fotografia
Aqui o páreo é duríssimo. Temos ótimos trabalhos e dois belíssimos, acima da média, são eles O Regresso e Mad Max. Quem assina o primeiro trabalho é Emmanuel Lubezki, que caminha para o seu tricampeonato (ganhou com Gravidade e Birdman). Já quem leva os créditos do segundo trabalho é John Seale, que também já ganhou o Oscar com O Paciente Inglês. Comentei sobre a fotografia desses filmes nos posts anteriores e ficaria redundante colocar mais elogios. Meu favorito é Mad Max, mas acho que Lubezki (O Regresso) deve levar sua terceira estatueta, ele é o favorito dos críticos e deve ser também o da Academia.


Melhor trilha sonora
Em uma das poucas categorias onde O Regresso e Mad Max não concorrem, meu favorito é um filme do Spielberg. Ponte dos Espiões é muito bom e nos comentários sobre ele mencionei sobre o casamento perfeito entre o conceito da obra, a carga dramática e a trilha sonora. Acho que seria uma injustiça não dar o prêmio a ele.



Roteiro Original e Roteiro Adaptado
Os indicados nessas categorias são excelentes trabalhos e todos, SIM, TODOS, poderiam levar a estatueta. Quanto à roteiro adaptado, acho A Grande Aposta melhor que seus concorrentes. Para Roteiro Original temos dois filmes semelhantes quanto ao gênero, são Spotlight (quase um documentário) e Straight Outta Compton (um documentário), além de Ex Machina, um filme muito interessante e com um roteiro muito bem construído, e de Ponte do Espiões, esse último o meu favorito.


Melhor Diretor
Para Melhor Diretor meu favorito é A Grande Aposta, com Adam Mckay. Por que? Acho que há um nível maior de dificuldade quanto à adaptação do tema ao formato cinematográfico, tudo isso com um excelente uso da meta linguagem, do humor e com ótimas construções das cenas. Ou seja, pude perceber de modo mais evidente a marca do diretor. Na real? Deve ir para Iñarritu e O Regresso.



Atriz e Ator coadjuvante
Entre as mulheres minha favorita é Alicia Vikander, a moça fez um primoroso trabalho em A Garota Dinamarquesa (e também em Ex Machina) e merece incontestavelmente o prêmio. Quanto aos homens, a Academia costuma fazer a "justiça atrasada" e por isso há muitas chances do Stallone levar a estatueta, mas sinceramente acho que Tom Hardy está irretocável como Fitzgerald, em O Regresso. O prêmio deve ficar com um dos dois.



Melhor atriz e Melhor Ator
Aqui, tanto entre a crítica especializada quanto entre os amigos cinéfilos, temos unanimidades, Brie Larsson por O Quarto de Jack e Leonardo DiCaprio por sua interpretação em O Regresso. O único capaz de "ameaçar" DiCaprio é Eddie Redmayne por sua belíssima atuação em A Garota Dinamarquesa, mas não acho que Leonardo saia sem sua estatueta.


Melhor Filme
Na minha humilde opinião, Mad Max é incontestavelmente melhor que o cansativo O Regresso. Acho inclusive, que se houvesse um pódio, O Regresso não estaria nele, isso segundo a "minha lente". Mas vamos lá, o lobby do filme de Iñarritu é muito forte e por isso deve "arrastar" esse e quase todos os prêmios da noite.

Ufa! Foi longo este post, mas falamos de quase todas as categorias. Faltaram aqui os curtas, que confesso não assisti. Agora é só conferir a transmissão da cerimônia e acompanhar a entrega dos prêmios. Os cinéfilos enlouquecerão!!!!!


Por Thiago Sales

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Mad Max ( A Estrada da Fúria) - The Oscar Goes to...

Quem assistiu os outros filmes da franquia, principalmente os dois primeiros, achava difícil de imaginar um Mad Max sem Mel Gibson ou um George Miller que conseguisse se superar depois de tantos anos. Mas Mad Max - A Estrada da Fúria quebra todas essas barreiras e é simplesmente o melhor dos oito indicados ao Oscar 2016, o melhor filme de ação de 2015, o melhor de todos os Mad Max e uma obra prima do cinema, por isso indicado em dez categorias pela Academia.


Depois que você compra o ingresso e senta na poltrona, é como se apertasse o cinto e embarcasse em uma viagem alucinante. Logo de cara, Tom Hardy, que tem a ingrata missão de substituir Mel Gibson, é capturado pela gangue de Immortan Joe e obrigado a fornecer sangue para os soldados do exército. O vilão Immortan Joe detém uma reserva de água e por isso explora toda uma comunidade miserável, que é totalmente submissa e dependente dele. Joe tem seus soldados e suas próprias escravas, usadas para gerar filhos. 


É contra essa situação que a Imperatriz Furiosa, encenada pela maravilhosa Charlize Theron, se insurge e foge da dominação do "rei local" levando consigo as suas escravas e o prisioneiro fugitivo Max. A perseguição que se segue é insana e não deixa o público sequer tomar fôlego. Temos uma narrativa muito bem construída, sem pontas soltas e que prende o espectador por inteiro. Vemos a todo o momento a mão de George Miller e os elementos novos muito bem linkados com os da história original: o futuro pós apocalíptico, o caráter quase messiânico de Immortan Joe, o espírito justiceiro de Max, a violência extrema, a insanidade humana, a revolta diante de uma situação de exploração e o aspecto visual dos personagens, este último digno de premiação. 


Todo o filme é muito bem construído. O novo Mad Max é tecnicamente perfeito, desde a fotografia até os aspectos de som. A apresentação visual é excelente, a montagem idem e as atuações, essas nem se fala. Tom Hardy vem muito bem no papel do novo Max, mas mesmo assim não fica em primeiro plano, pois o trabalho de Charlize Theron é impecável, muito por causa da força da personagem, e ainda temos o excelente Nicholas Hoult, com a carga dramática e a virada psicológica do personagem Nux. 


Sendo sincero, Mad Max - A Estrada da Fúria, é para mim o melhor filme de 2015 e o melhor filme dentre os oito indicados ao Oscar 2016. Sendo realista, a Academia ainda possui alguns preconceitos em relação à esse tipo de filme, um blockbuster, por isso há uma diferença muito grande entre ter o seu preferido e realmente acreditar que ele leve o grande prêmio da noite no dia 28 de fevereiro, O Regresso deve ser o dono da mais cobiçada estatueta. Um conselho? Assistam e tirem as suas conclusões. 

Por Thiago Sales

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O Regresso - Seria o melhor filme? Hollywood, we have a problem!

Quando um filme é muito badalado pela mídia, é interessante que façamos um exercício de "distanciamento" antes de assisti-lo pela primeira vez. Isso porque se você não o faz, corre o risco de enxergar as coisas com a lente de alguém e não com a sua. É bem o caso de O Regresso! Tente se manter alheio ao zum-zum-zum que o cerca, é uma postura recomendável. 


O Regresso é um ótimo filme, sem dúvida, principalmente quando falamos de alguns aspectos mais técnicos como edição e mixagem de som, efeitos visuais, figurino e maquiagem. É quase tudo impecável e certamente o filme deverá ser premiado nessas categorias. Outro que fez um excelente trabalho é Emmanuel Lubezki, diretor de fotografia, e talvez seja ele o grande protagonista do longa. As imagens das montanhas, dos cenários com neve e as várias sequências com o pôr do sol tiram o fôlego, a cor e a apresentação do filme criam uma identidade visual forte e a sinergia com os elementos da natureza como o vento, o rio e as árvores, dão um tom poético e contemplativo e colocam o homem como parte indissociável dessa natureza. 


E é estranho que esse aspecto seja também um dos grandes pecados do filme, talvez pelo trabalho questionável de Iñarritu nesta obra. Isso porque O Regresso coloca em evidência a brutalidade humana e tem uma proposta de questionar a "humanidade" de maneira quase filosófica e sublime, mas não entrega o que promete. Além disso tem uma narrativa um pouco "arrastada", que coloca o espectador olhando o relógio em vários momentos. E a tal da "formação da identidade norte americana"? Essa deve ter ficado só nos bastidores. 


Quanto ao elenco, todo ele traz ao público um trabalho primoroso. Tom Hardy está impecável na pele do vilão Fitzgerald e leva um certo favoritismo para o prêmio de Ator Coadjuvante. E o que falar do Dicaprio??? Bem, o DiCaprio está irretocável como o explorador Hugh Glass, é emocionante vê-lo atuar e é muito improvável que não leve a estatueta como Melhor Ator, até porque a Academia costuma fazer a chamada "justiça atrasada" e esse Oscar está passando da hora de sair para ele. 


Podemos dizer que um filme é basicamente as escolhas do seu diretor. E podemos dizer que aqui há várias escolhas acertadas e outras bastante questionáveis. O Regresso vale a pipoca, com certeza! Está longe de ser ruim, mas não é essa 8 oitava maravilha que dizem, tampouco é o que se propôs a ser. Se leva o prêmio de Melhor Filme? Hollywood, we have a problem!!

Por Thiago Sales


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sucker Punch


Se eu tivesse que descrever esse filme em apenas uma palavra, seria “excitante”. Em todos os sentidos que ela possa ser usada.
A começar, claro, pela música. A música guia o filme, do começo ao fim, cada música incrivelmente superando a anterior. Depois, todas as garotas, em trajes tirados das fantasias mais sublimes dos homens. E então, pra completar, armas, bombas e tiros.
Eu diria que este é o melhor filme subestimado dos últimos tempos. Quero dizer, Zack Snyder, diretor, roteirista e produtor, fez um ótimo trabalho. (Já era esperado um bom resultado com cenas de guerra, por causa de 300, e no quesito fantasia “Watchmen”) Mas ainda é um diretor pouco conhecido, e nenhum ator de peso para carregar o filme. Claro que isso até contribui para o resultado. A linda Emily Browning (lembram dela em Desventuras em Série?) deu um show. E ainda canta três músicas da trilha sonora.
Enquanto eu assistia, achava semelhanças com A Origem, por causa das camadas de sonho inseridas uma dentro da outra. Mas fui percebendo que vai muito além disso. Sucker Punch mostra a mente de uma garota torturada, e como a mente pode brincar de esconder a verdade, mascarar a verdade, para que ela pareça menos amarga, mais fácil de fugir. Mas pra onde quer que Babydoll vá, a verdade está sempre procurando brechas por onde se infiltrar.
Internada num hospício pelo padrasto interesseiro, Babydoll está para ser lobotomizada (antiga operação cerebral, usada para apagar a memória do paciente). Ela planeja uma fuga, mas para executá-la, cria uma realidade alternativa, onde ela é vendida para um cabaret, e lá, junto com as outras “dançarinas” executa o plano de fuga.
Acontece que, as vezes, a realidade está esperando no fim do túnel, e o que procurávamos com tanta determinação, não estava onde procurávamos.
Larissa Ludiana
P.S.: Achei essas e mais fotos fantásticas no blog do Lucas Filmes.
P.S.²: Eu já falei que a trilha sonora é INCRÍVEL? Já, né? É que uma vez não era suficiente, é muito boa mesmo!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A Origem

Postagem original 23/02/2011. Texto modificado e atualizado.
Fonte da imagem: site do filme

Dos filmes que estrearam no Brasil em 2010, esse é possivelmente o melhor. Mas não faz o estilo da Academia, que não costuma dar o prêmio máximo a ficções. Portanto não ganhou o Oscar de melhor filme. Mas como concorreu em outras sete categorias – a maioria de ordem técnica – saiu feliz da premiação. O diretor e roteirista Christopher Nolan acertou no tema realidade x sonho, pois um bom roteiro original é coisa cada vez mais rara em Hollywood. Ponto também para o elenco, composto por rostos conhecidos e talentosos, alguns trazidos do também seu “Batman Begins” como Michael Caine, Cillian Murphy e Ken Watanabe.


ah, eu tinha que postar essa foto.

O filme é complexo, mas não confuso. Exige total atenção, e assistir mais de uma vez é uma ótima ideia. Gira em torno de um grupo de “ladrões de ideias”, que roubam segredos do subconsciente das pessoas enquanto dormem. Em seu novo trabalho eles precisam inserir uma ideia, tendo como campo de batalha três níveis de sonho sobrepostos. A realidade é questionada do começo ao fim do filme, mas não chega a contagiar a dúvida como Matrix fez e continua fazendo.
Como mostram as outras indicações – melhor roteiro original, melhor direção de arte, melhor trilha sonora, Melhor fotografia, melhor edição de som, melhor mixagem de som e melhores efeitos especiais (tendo vencido os últimos quatro) – o filme tem uma técnica impecável, com efeitos bem realistas e um som provocante, daqueles bons de ouvir no cinema. O roteiro foi muito cuidadoso e criativo, sem deixar os momentos de explicação entediantes. Ainda assim as explicações podem ser complicadas de assimilar, por se tratar de um assunto tão denso como o subconsciente.
Finalmente, A Origem só concorreu a melhor filme porque agora são dez os indicados. Mas pra quem quer botar os neurônios pra funcionar, ver muitas cenas de ação surpreendentes e até se emocionar, vale muito a pena.
Larissa Ludiana