quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Guia do Mochileiro das Galáxias

Don’t panic. Apesar de eu não ser fã do Douglas Adams (ainda), e não ter lido todos os livros, eu acabei de assistir o filme (sério mesmo, faz 5 minutos que vi) e achei simplesmente fantástico. A adaptação foi muito bem feita, e os efeitos especiais bem bacanas. É claro que não é algo espetacular, mas vale a pena assistir.
A parte ruim é ver um ótimo filme, com um elenco incrível, se perder no limbo das quase continuações. Vários filmes adaptados de séries de livros sofrem esse problema, e os fãs é que sofrem. Entre eles estão Desventuras em Série, A Bússola de Ouro e Coração de Tinta, por exemplo. O lado bom é que o filme acaba em si mesmo, deixou um espaço aberto para continuação, mas finalizou a história.
O que mais me fascinou foi o modo como Douglas Adams conseguiu trazer à tona questões “impossíveis” como “a pergunta fundamental sobre a vida, o universo e tudo o mais”, sem nos deixar zonzos e filosofantes demais.
Olha que time! De assustar, hã?
O time de atores também é incrível: Martin Freeman interpreta o personagem principal, Arthur Dent, um terráqueo que é salvo da destruição da terra por seu amigo Ford, que é de outro planeta. Daí começa a aventura intergaláctica com a ajuda (ou não) do presidente das galáxias, Zaphod, e a paixão de Arthur, Trillian, vivida pela linda (mas sempre no mesmo papel) Zooey Deschanel. Hilária a participação de Alan Rickman na voz do complexado e depressivo robô Marvin, e assustadora participação de John Malkovich. Tá vendo? O John Malkovich! O filme só pode ser bom. Além disso está valendo a teoria que o Ricard mencionou quando viu Padre. Houve vários comentários negativos. Amei o filme e já estou devorando os livros!
Lembrem-se: estejam sempre com o guia do mochileiro das galáxias, e uma toalha sempre à mão!
Feliz dia da toalha.
Larissa Ludiana

CINEMA 2011 - Código de Conduta

Eu não entendo a Globo.

Tinha que botar a capa do DVD

Ela anuncia um filme policial comum como Código de Conduta. Que não traz nada de novo ao mundo dos filmes policiais e não anuncia um filme excelente, baseado em um fato real, como Quebrando a Banca (que passou neste sábado). O duas vezes oscarizado Kevin Spacey (Beleza Americana e Os Suspeitos) é um professor do MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts) que envolve alunos para ganhar dinheiro nos cassinos de Las Vegas contando cartas no clássico jogo do 21 (Black Jack).

Hora de conhecer a nova turma

Como eu falei, é baseado em fatos reais, com atores relevantes (conta ainda com Lawrence Fishburne [Matrix] e Jim Sturgess [A Outra e Across The Universe]) e a Globo não anunciou... Vai entender!

Segue a lista (agora foram cinco - faltam 24):

HOMEM DE FERRO - Ok - 04/04
JOGO DE AMOR EM LAS VEGAS - Ok - 11/04
HANCOCK - Ok - 02/05
A LENDA DO TESOURO PERDIDO: O LIVRO DOS SEGREDOS - Ok - 16/05
CÓDIGO DE CONDUTA - Ok - 23/05
MISSÃO BABILÔNIA
O DIA EM QUE A TERRA PAROU
TROVÃO TROPICAL
ZOHAN: UM AGENTE BOM DE CORTE
O GRANDE DAVE
HIGH SCHOOL MUSICAL 3: ÚLTIMO ANO
KUNG FU PANDA
A BELA E A FERA
RATATOUILLE
MADAGASCAR 2
SE EU FOSSE VOCÊ 2
A MULHER INVISÍVEL
OS NORMAIS 2 - A NOITE MAIS MALUCA DE TODAS
O CAÇADOR DE PIPAS
PIRATAS DO CARIBE 3: NO FIM DO MUNDO
VICKY CRISTINA BARCELONA
AS DUAS FACES DA LEI
FOI APENAS UM SONHO
AUSTRÁLIA
AS CRÔNICAS DE NÁRNIA: PRÍNCIPE CASPIAN
GUERRA AO TERROR
MARLEY E EU

Ricard Wolney

terça-feira, 24 de maio de 2011

Padre

Tudo é uma questão de expectativa!

Quando eu trabalhava na iniciativa privada fiz alguns cursos de atendimento e aprendi que você pode encantar os clientes (e os espectadores de filmes) com uma baixa expectativa.

Ao assistir o filme Thor, assistimos o trailer de PADRE. Eu fui o único da nossa turma a não querer ver o filme por achá-lo (já no trailer) "tosco", pra dizer o mínimo (Tudo bem, a Lu, minha esposa, também não achou que o filme fosse bom, mas gostou do trailer). Os outros adoraram o trailer e esperavam O filme. Não sei o que passava na cabeça deles, mas enfim... Enfim, essa mesma turma se juntou para assistir... adivinha... PADRE. E lá fui eu (o único com a expectativa baixa). E gostei do filme. E fui o único que gostei do filme. Gostei e quero ver o dois. Se tiver.

Isto é um vampiro, Stephenie Meyer!

Se você vai esperando ver um filme de bom a ótimo e vê um filme de regular a ruim, então o filme é, relativamente, ruim. Se você vai esperando ver um filme de péssimo a ruim e vê um filme de regular a ruim, então o filme é, relativamente, bom.

Quanto ao filme... Tem uma música do Legião Urbana onde eles descrevem o Brasil. Chama-se Os Anjos.
A letra é mais ou menos assim (devidamente adaptada para o filme - a letra de verdade vocês vêem no link acima):

Pegue duas medidas de faroeste
Junte trinta e quatro partes de Matrix
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
Com um cenário medieval pós-apocalíptico
Adicione a seguir o ódio e a inveja
Dez colheres cheias de sangue
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça antes de levar ao forno temperar
Com essência de espirito de vampiro
Duas xícaras de indiferença
e um tablete e meio de preguiça na direção.

O filme acaba na metade (olha os spoilers), vocês lembram quando vimos O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel e ele acaba com uma caminhada? É mais ou menos como acaba o PADRE.



Assistam (se tiverem coragem)! Mas tenho que dizer que gostei.

É isso!

Ricard Wolney

Festival de Cannes 2011

Terminou neste domingo (22) a 64ª edição do Festival de Cannes. Com um desfile de beldades e talentos, a premiação, apesar de pequena - são apenas sete categorias - é uma das mais importantes da Europa.

E vamos aos vencedores:
Palma de Ouro: "A árvore da vida", de Terrence Malick (EUA)
Atriz: Kirsten Dunst, por "Melancholia" (Dinamarca/Suécia/França/Alemanha)
Ator: Jean Dujardin, por "The artist" (França)
Diretor: Nicolas Winding Refn, por "Drive" (EUA)
Roteiro: "Footnote", de Joseph Cedar (Israel)
Grande prêmio: empate entre "O garoto de bicicleta" (Bélgica/França), de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, e "Once upon a time in anatolia" (Turquia), de Nuri Bilge Ceylan
Curta-metragem: "Cross country" (Inglaterra), de Marina Vroda
Prêmio Câmera de Ouro (para diretor estreante): "Las acacias" (Argentina/Espanha), de Pablo Giorgelli
Prêmio de Júri: "Polisse", de Maiwenn Le Besc (França)

No site oficial, há algumas fotos do "making of" , montagem e bastidores do evento, além de todas as informações e históricodo festival. Vale a pena conferir.
Outros momentos marcantes do evento:

Até em Cannes, Lady GaGa?
Bernardo Bertolluci recebeu a "Palma das Palmas", prêmio honorário
Antonio Banderas roubou a cena e a atenção dos fotógrafos
Bagunçou geral
A atriz Aline Moraes prestigiou a premiere de "La Conquête"
O ator Ryan Gosling beijou o diretor do filme Drive
Larissa Ludiana

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Kill Bill

Se eu fosse resumir Kill Bill em três palavras, seriam: SANGUE, MUITO SANGUE.
Não falei? Tem sangue até na propaganda do filme!
Para quem tem problemas em ver pessoas perdendo pernas, braços, pés, escalpos, lábios e afins, não recomendo esse filme. Quentin Tarantino se superou no quesito sangue, inspiração dos filmes de kung-fu dos anos 70. Cada morto deve sangrar uns 10 litros.
Agora, quem não tá nem aí de ver o sangue jorrando solto pela tela e ainda respingar um pouco pra fora dela, vale muito a pena. Inclusive porque o Volume 2 não tem nem metade da carnificina do Volume 1, mas mantém o ritmo incrível do primeiro. A história da “Noiva” vivida lindamente e maravilhosamente pela Uma Thurman, contada numa ordem aleatória, o segundo filme é continuação imediata do primeiro.
Uma & Quentin: criadores da personagem "A Noiva"
Mas vamos tentar pôr os fatos em ordem: A noiva é encontrada junto com o noivo e mais 7 pessoas numa igreja no Novo México. Todos mortos, exceto ela. Quando acorda de um coma de quatro anos, ela só pensa em vingança. Pra isso, faz um Top List 5 (ela deve ler nosso blog também) e vai procurar, um por um, seus quase assassinos. O top um é, logicamente, Bill.
Muitas coisas em Kill Bill soam cafonas ou exageradas (destaque para o tique nervoso de Pai Mei de mexer a comprida barba), mas quem acompanha os filmes de Tarantino conhece e aprecia essas excentricidades. Falando nisso, um detalhe importante sobre a personalidade do diretor é que ele é podólatra (tem fetiche por pés), e nesse filme, os pés são imensamente explorados nas expressões dos personagens.
Eu não podia deixar de falar da trilha sonora, trabalho de Robert Rodriguez, “brother” do Quentin. As músicas comumente utilizadas em seus filmes tem um estilo country. No caso de Kill Bill, além desse elemento há também muita música japonesa, a maioria num estilo mais meloso e dramático, para combinar com os personagens e cenários orientais.
Finalizando os elementos básicos do jeito Tarantinesco de fazer filmes, não podia faltar a cota de conversas que não tem nada a ver com a trama, sendo o ponto alto uma pequena divagação sobre super-heróis e alter egos. Como sempre, Tarantino fez um filme (sim, considero um só filme) bonito, completo e de tirar o fôlego. Me faz imaginar de onde ele tirará o mote para Kill Bill Volume 3.
Larissa Ludiana

terça-feira, 17 de maio de 2011

127 Horas

Comecei a acompanhar o Oscar em 1996 e, de lá pra cá, só consegui assistir a todos os indicados a melhor filme antes da cerimônia em 1999. Este ano assisti a quatro filmes antes da cerimônia (pena que este ano são 10 indicados... hehehe...) e este é o quinto. Mas que filme!

Desde o começo, a edição vai nos levando até o ponto crucial (e inicial da história) do filme.


Como é que se sai dessa?

Jon Harris (merecidamente indicado ao Oscar de melhor Edição) inicia o filme dividindo a tela em três. E em todas vemos multidões. Diferentes multidões. Uma correndo, outra rezando, outra entrando (o saindo dos) metrôs... E abre uma das telas com a imagem de Aron Ralston (James Franco - em uma das atuações mais viscerais do cinema moderno).

E mostra como ele é (e gosta de ser) solitário e auto-suficiente.

Ele sai pra uma aventura em um canyon americano. O grande lance é... Ele não conta a ninguém. E isso é primordial pra contar o que acontece nas 127 horas.

Tá bom de contar o filme.

A edição é um caso à parte. Tem um cara que tem um canal no Youtube chamado Maurício Saldanha. O canal é o Cabine Celular. Ele fala sobre filmes que ele acabou de ver nos cinema, ainda nos créditos. E ele descreve muito bem a edição. E o que a gente espera de cinema e o que este filme distorce (graças à edição) e nos mostra que cinema não é, necessariamente, mostrar a realidade. Mas mostrar todas as possibilidades do pensamento humano. As últimas vezes que vi edições tão boas foram em Clube da Luta (David Fincher) e Traffic (Steven Soderbergh).

Outra coisa que o Maurício coloca (e que eu concordo) é que o filme só funciona devido ao triângulo perfeito entre Edição, Direção e Atuação. Jon Harris (que já fez primores em Snatch - Porcos e Diamantes, Danny Boyle (o diretor ganhador do Oscar em 2009 por Quem Quer Ser Um Milionário?, que  fez também Trainspotting, Extermínio, A Praia) e James Franco.

James Franco é Aron Ralston. Falo que ele É, porque ele não interpreta. NÃO! Ele "É" mesmo Aron Ralston. É incrível porque conseguimos sentir o que Aron sente, a gente cai com ele, sente a textura dos canyons. É incrível! Principalmente na hora da... Bom... É uma cena forte. Preparem-se. Não sei se todos sabem o que é, mas pra não estragar a surpresa de quem não viu, só digo isso: Preparem-se. É muito forte! E a cena passa inteira. Não tem cortes. Só edição. Ah! É uma história real.

Este é o verdadeiro Aron Ralston

É isso!

Vale a pena. O filme concorreu a seis Oscars, incluindo melhor filme, edição e ator. Pena passar aqui em Fortaleza só na sessão de arte. Mas...

É isso!

Ricard Wolney

CINEMA 2011 - A Lenda do Tesouro Perdido: O Livro dos Segredos

Foi mais um. É o quarto. Faltam 25...

Dessa vez o filme foi A Lenda do Tesouro Perdido: O Livro dos Segredos. Trata-se da continuação do sucesso da Disney, com Nicolas Cage, A Lenda do Tesouro Perdido.



Hoje não estou muito a fim de comentar nada. Mas, não posso deixar de falar do Nicolas Cage. Como é que um ator que tem talento (ele já ganhou o Oscar uma vez por Despedida em Las Vegas - filme que amo e que comentarei outro dia - e foi indicado por Adaptação) faz tanto filme ruim em tão pouco tempo. Não é o caso deste Livro dos Segredos (o primeiro ou o segundo, os dois são bons), mas ele fez muitos filmes bons no começo dos anos 90. Começando com o Guarda-Costas e a Primeira Dama foi uma seqüência de 21 filmes de bom a excelente, com apenas dois desconhecidos (não posso nem dizer que são ruins), no meio destes. Entre eles os dois que já citei anteriormente, e ainda A Rocha, A Outra Face, Cidade dos Anjos, 8mm, 60 Segundos, Os Vigaristas, O Sol de Cada Manhã e O Senhor das Armas. Foram 11 anos de sucessos, sem falar dos anos 80, onde ele também teve saldo positivo.


Aí vem a desgraça, o cara faz 12 filmes onde apenas 3 prestam (estes são A Lenda... 2, Motoqueiro Fantasma e Aprendiz de Feiticeiro). No meio dos 9 restantes temos O Sacrifício, O Vidente, Presságio (parece trilogia ruim), Vício Frenético, Caça às Bruxas e Fúria Sobre Rodas. Isso tudo em apenas cinco anos. Dá quase 2 filmes ruins por ano. Nãhmm!!! Acho que tem alguma coisa a ver com o cabelo dele. Vocês já notaram que tudo isso aconteceu depois que ele fez o implante?



Então, vai só uma sinopse mesmo, pra quem quiser alugar:
Quando uma página perdida do diário de John Wilkes Booth (Christian Camargo) reaparece, o bisavô de Ben Gates (Nicolas Cage) torna-se o principal conspirador do assassinato de Abraham Lincoln. Querendo provar a inocência do parente, Ben reúne mais uma vez sua equipe e segue uma série de pistas, que os levam de Paris a Londres antes de retornarem aos Estados Unidos.

É isso! Segue a listagem:

HOMEM DE FERRO - Ok - 04/04
JOGO DE AMOR EM LAS VEGAS - Ok - 11/04
HANCOCK - Ok - 02/05
A LENDA DO TESOURO PERDIDO: O LIVRO DOS SEGREDOS - Ok - 16/05
CÓDIGO DE CONDUTA
MISSÃO BABILÔNIA
O DIA EM QUE A TERRA PAROU
TROVÃO TROPICAL
ZOHAN: UM AGENTE BOM DE CORTE
O GRANDE DAVE
HIGH SCHOOL MUSICAL 3: ÚLTIMO ANO
KUNG FU PANDA
A BELA E A FERA
RATATOUILLE
MADAGASCAR 2
SE EU FOSSE VOCÊ 2
A MULHER INVISÍVEL
OS NORMAIS 2 - A NOITE MAIS MALUCA DE TODAS
O CAÇADOR DE PIPAS
PIRATAS DO CARIBE 3: NO FIM DO MUNDO
VICKY CRISTINA BARCELONA
AS DUAS FACES DA LEI
FOI APENAS UM SONHO
AUSTRÁLIA
AS CRÔNICAS DE NÁRNIA: PRÍNCIPE CASPIAN
GUERRA AO TERROR
MARLEY E EU


Ricard Wolney

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Festival de Cannes

Começou na última quarta-11 o festival mais bonito do planeta. Cannes pode não ser o festival mais importante (apesar de para alguns ele realmente ser), mas é o mais sedutor e com mais "glamour".

Poster do 64. Festival de Cannes

O Oscar, com certeza é o que tem a maior visibilidade e o mais importante, pois tem a maior transmissão, é um evento de um dia só, enquanto Cannes, Berlim e Veneza são eventos de vários dias. Cannes vai até 22 de Maio, próximo domingo, quando saberemos o ganhador.

O Festival de Cannes tem uma série de especificidades. Pra começar, são várias seleções. Além da Seleção Oficial (que é a que dá a Palma de Ouro), tem a seleção Un Certain Regard, a seleção Cinéfondation, cada uma com uma variedade de países e estilos, muito interessante. Nos últimos sete anos os ganhadores da Palma de Ouro vieram de sete países diferentes (na ordem, Tailândia, Áustria, França, Romênia, Irlanda, Bélgica e EUA). Isto mostra a força da diversidade no festival.

Na Seleção Oficial, este ano contamos com diretores importantes como Terence Malick (diretor americano que só fez cinco filmes na carreira, mas cada um melhor que o outro - Além da Linha Vermelha foi o único que vi e é excepcional), Nanni Moretti (diretor italiano que tem como principal característica fazer filmes políticos), Lars Von Trier (diretor dinamarquês que fundou o Dogma 95 - que faria uma revolução no cinema, mas que só fez um filme com estes preceitos - Os Idiotas. Fez outros filmes excelentes como Dançando no Escuro e Dogville), os irmãos Luc e Jean Pierre Dardenne (cineastas belgas duas vezes ganhadores de Cannes) e Pedro Almodóvar (preciso apresentar?).

O Júri é outro caso à parte. Todo ano é escolhido (infelizmente não sei por quem é escolhido) um presidente e o deste ano é Robert de Niro, tendo ainda como colegas do Júri, Jude Law e Uma Thurman. Todo ano é assim, com figuras muito importantes do cenário cinematográfico mundial.

Júri Oficial

Os dois grandes favoritos são Terence Malick com A Árvore da Vida e Pedro Almodóvar com A Pele Que Habito. O primeiro, ambientado nos anos 50, fala da história de uma família com seus três filhos, marcada pela perda do mais novo. O segundo é a primeira experiência de Almodóvar com o terror psicológico, onde ele volta a trabalhar com Antonio Banderas, com quem tinha feito quatro filmes seguidos entre 1986 e 1990, depois de vinte e um anos.

Fora de competição temos Woody Allen lançando Meia Noite em Paris, com Owen Wilson e Carla Bruni), Jodie Foster com o polêmico O Castor com Mel Gibson e Rob Marshall lançando Piratas do Caribe 4.

 Woody Allen, Owen Wilson e Rachel MacAdams (11/05)


 Johnny Depp e Penelope Cruz  (14/05)

 Johnny Depp em Cannes (14/05)


Na mostra Un Certain Regard temos um filme brasileiro, Trabalhar Cansa de Marco Dutra e Juliana Rojas. Não dá pra falar muito já que ele não estreou nos cinemas daqui.


É isso! Não podemos esperar muito (enquanto brasileiros) de um festival onde não temos nenhuma tradição (ou quase nenhuma, já que ganhamos a Palma de Ouro com O Pagador de Promessas em 1962, e ganhamos mais dois prêmios de atuação com Fernanda Torres e Sandra Corveloni e mais um de direção com Gláuber Rocha). Mas enquanto cinéfilos é esperar pra ver os ganhadores e correr pra ver nos cinemas os melhores filmes (que provavelmente só sairão no circuito de arte).

Ricard Wolney

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Cultura Cinematográfica - SEXTA-FEIRA 13

Hoje falarei de um filme que alguns podem até estranhar. Um filme de terror. Aproveitando a deixa do fim-de-semana: SEXTA-FEIRA 13.

Eles foram avisados...Eles foram amaldiçoados...
E na Sexta-Feira 13 nada vai salvá-los.

Lógico que falarei do original de 1980. Depois deste filme, vieram muitas seqüências fuleiras, série de televisão que não têm nada a ver com o filme, mas o original é de uma criatividade bem interessante... Hoje, depois de tantos Pânicos, Eu sei o que vocês fizeram..., Premonições e outros, é claro que parece mais um filme de terror como outro qualquer.

Mas o grande mérito é que esse foi o primeiro filme deste gênero (juntamente com Halloween) a fazer, realmente, sucesso. O Terror com o sangue espirrando na tela.

Alguns podem argumentar que se trata de um filme de pura violência. Tudo bem, o filme mostra inúmeras mortes das maneiras mais explícitas possíveis. É quase a "violência pornô" de Jogos Mortais que faz com que as pessoas sintam prazer com as mortes e com a violência imposta.

Mas aqui temos um caso especial. Em alguns momentos o filme se parece mais com a Bruxa de Blair, por não mostrar a violência (ou as mortes e o assassino) de cara. Deixar subentendido. E isso, muitas vezes, dá muito mais medo. Vejamos também um outro lado. O lado psicológico do assassino (que não vou contar para não estragar a surpresa de quem não viu)... Neste ponto, podemos, até mesmo, considerá-lo um filme de Suspense e não Terror, propriamente dito... Apesar do quê, o filme não nos deixa esquecer um só instante deste detalhe.

 Momento tenso

O diretor é Sean S. Cunningham, que não fez muita coisa mais que o Sexta-Feira 13. Apesar do quê a direção do filme é bem interessante. Ele nos leva a todos os lados que ELE quer. E isso é muito importante nos filmes do gênero. A trilha sonora do filme é envolvente, conseguindo o resultado desejado pelo diretor.

É isso! Assistam! Percam um pouco o preconceito com os filmes de terror. Terror também é bem interessante para desestressar de dias muito turbulentos.

P.S.: Para quem não sabe: o famoso Jason (o da máscara de hóquei) nem dá as caras neste filme. O assassino é outra pessoa. ASSISTAM!!!

Ricard Wolney

Thor

Enfim, assisti a um filme em 3D. E que filme.



THOR foi uma estréia muito animadora em 3D, o que me faz imaginar outros filmes antigos e querer ver futuros lançamentos nesta tecnologia que, realmente, veio para ficar. Não sei, porque não vi nenhum outro, mas posso citar críticos de cinema que afirmam ser este o filme que melhor aproveitou todas as possibilidades desta tecnologia a serviço do cinema, desde Avatar. O 3D não é exagerado, tudo se encaixa, tudo tem importância. Se forem ver o filme, sugiro que vejam em 3D.

Tendo como diretor Kenneth Branagh, o filme ganhou um peso muito grande na interpretação dos atores, que foram cuidadosamente selecionados. Temos Anthony Hopkins (interpretando Odin), Natalie Portman (recém ganhadora do Oscar de melhor atriz por Cisne Negro - acho até que ela fez o filme para desopilar um pouco do peso dramático do Cisne...) como únicos atores conhecidos. A escolha de atores desconhecidos tira o peso do estrelismo para colocá-lo nas personagens.

Kenneth Branagh é um especialista em Shakespeare (já dirigiu Henrique V, Muito Barulho por Nada, Hamlet, Trabalhos de Amores Perdidos e Como Lhe Aprouver e ainda interpretou em Othelo e Ricardo III - Um Ensaio) e aproveitou a história mitológica para dar um ar shakespeariano ao filme.

A história gira em torno de Odin, que, para aqueles que não sabem, é mortal, e o momento de sua transferência do poder para um de seus filhos: Thor e Loki. Trata-se de um drama familiar que centraliza todos os demais temas do filme: a rivalidade entre os irmãos, a expulsão e o conseqüente amadurecimento do personagem título. O diretor manteve-se fiel tanto à mitologia nórdica, quanto à mitologia Marvélica (acabei de inventar esta palavra - hehehe).

Interpretando o papel título temos Chris Hemsworth. O cara é quase que totalmente desconhecido (só fez uma ponta em Star Trek), mas consegue dar a real dimensão de Thor. A marreta (porque chamar o miudim [Mjölnir] de martelo é menosprezar a pobre coitada da marreta) é uma história à parte. Virou, mais ou menos, a história de Excalibur.

O filme faz parte da série OS VINGADORES, um projeto que começou com O Incrível Hulk, passou por Homem de Ferro 1 e 2 e ainda terá Capitão América e outros super-heróis. É acompanhar os filmes, já que todos estão interligados. E esperar pra ver.

Eu não podia deixar a Natalie Portman de fora

É isso! Temos um filme excelente, com todos os elementos para agradar o público em geral.

Até a próxima.

Ricard Wolney

sábado, 7 de maio de 2011

Programação de Cinema - 6 a 11 de Maio

Começamos hoje a exibir a programação semanal de cinema em Fortaleza.

Por que Fortaleza? Ora, moramos aqui e é aqui onde vemos os filmes que estão em cartaz.

Falaremos um pouco sobre lançamentos e salas de cinema, mas começarei esta semana só com os filmes que estão em cartaz. Segue abaixo as salas (o significado das siglas segue abaixo):

DP1 – THOR – 10 anos
DP2 – RIO – Livre
P1 – VELOZES E FURIOSOS 5: OPERAÇÃO RIO – 14 anos
P2 – THOR – 3D – 10 anos
VS1 – VELOZES E FURIOSOS 5: OPERAÇÃO RIO – 14 anos
VS2 – RIO – Livre
VS3 – RIO – 3D – Livre
VS4 – THOR – 3D – 10 anos
VS5 – THOR – 10 anos
VS6 – RIO – Livre // PÂNICO 4 – 16 anos
DM1 – RIO – Livre // O PRIMEIRO QUE DISSE – 14 anos
DM2 – BOLLYWOOD DREAM – O SONHO BOLLYWOODIANO – Livre // MARCHA DA VIDA – Livre // AMOR? – 14 anos // O RETRATO DE DORIAN GRAY – 16 anos
NS1 – PÂNICO 4 – 16 anos
NS2 – VELOZES E FURIOSOS 5: OPERAÇÃO RIO – 14 anos
NS3 – RIO – Livre
NS4 – THOR – 10 anos
NS5 – THOR – 10 anos
NS6 – VELOZES E FURIOSOS 5: OPERAÇÃO RIO – 14 anos
B1 – VELOZES E FURIOSOS 5: OPERAÇÃO RIO – 14 anos
B2 – RIO – Livre // COMO VOCÊ SABE? – 12 anos
B3 – THOR – 3D – 10 anos
UCI1 – THOR – 10 anos
UCI2 – THOR – 3D – 10 anos
UCI3 – RIO – 3D – Livre
UCI4 – AS MÃES DE CHICO XAVIER – 10 anos // VIPS – HISTÓRIAS REAIS DE UM MENTIROSO – 12 anos
UCI5 – A GAROTA DA CAPA VERMELHA – 14 anos
UCI6 – VELOZES E FURIOSOS 5: OPERAÇÃO RIO – 14 anos
UCI7 – PÂNICO 4 – 16 anos
UCI8 – VELOZES E FURIOSOS 5: OPERAÇÃO RIO – 14 anos
UCI9 – THOR – 10 anos
UCI10 – VELOZES E FURIOSOS 5: OPERAÇÃO RIO – 14 anos
UCI11 – COMO VOCÊ SABE? – 12 anos // ÁGUA PARA ELEFANTES – 12 anos
UCI12 – RIO – Livre
CdeA – 127 HORAS – Livre

Como podemos notar, temos 33 salas de cinema em funcionamento em Fortaleza, mas somente 15 filmes em cartaz, dos quais alguns somente em poucos horários e dividindo salas com outros.
Isso se deve a um problema seríssimo de distribuição dos filmes no Brasil e não só aqui em Fortaleza. Podemos notar também que os filmes THOR, RIO e VELOZES E FURIOSOS 5: OPERAÇÃO RIO estão ocupando 27 salas, o que nos deixa 6 salas para passar os 12 filmes restantes, menos conhecidos do público, os que alguns chamam de Cinema de Arte (apesar de haver uma sessão com este nome no Iguatemi).
Não quero lutar contra o capitalismo selvagem e pregar a boa ação dos donos das salas de cinema. Sei que este é um problema mundial, afinal os produtores gastam rios de dinheiro para fazer filmes milionários e têm que ter retorno, senão não existirão mais filmes no futuro.
Também sei que os donos das salas também têm que ganhar dinheiro, afinal eles estão pagando caro pelas cópias, lutando muito contra a pirataria que coloca filmes que ainda nem entraram em cartaz nas bancas dos camelôs, mas e onde fica o gosto estético por cinema?

O que podemos fazer? Não sei! Idéias serão aceitas e enviadas para os donos de cinemas de Fortaleza e quem sabe aos seus distribuidores para que possamos diversificar mais os filmes do nosso país.

É isso! Vamos à luta e aos cinemas!

Ricard Wolney

Para maiores informações sobre os horários e os preços das salas entrem no programe-se do Diário do Nordeste: http://verdesmares.globo.com/v3/canais/cinema_cidade.asp?idcidade=2&modulo=469
DP – Del Paseo
P – Pátio Dom Luís
VS – Via Sul
DM – Dragão do Mar (Espaço Unibanco)
NS – North Shopping
B – Benfica
UCI – Iguatemi (UCI)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Entrevista - Jurandir Filho

Conheci o Jurandir Filho durante o Desencontro 2011 e virei fã. Ele é criador e diretor do Cinema com Rapadura, que eu agora leio fielmente. Num trabalho da faculdade tínhamos que entrevistar alguém, tema livre. É claro que escolhi o Jurandir, e é claro que pensei logo em postar aqui. A entrevista foi por e-mail, e eu ainda estou com medo dele brigar por eu postá-la, mas eu pedi permissão, claro. Então, confiram:


Quando seu gosto por cinema deixou de ser um hobby para ser algo profissional?

Quando a dedicação ao Cinema com Rapadura passou a tomar todo meu tempo. Foi algo bem natural. Me acostumei a trabalhar 12/14 horas por dia e isso virou um hobby profissional.

Como surgiu a ideia do blog? Em quê ou quem você se inspirou para criar o modelo que utiliza hoje?

A ideia surgiu durante a faculdade. No começo do curso de Sistemas de Informação, eu e mais dois amigos queríamos criar um site para colocar todo o aprendizado em prática. Decidimos por cinema por ser uma paixão em comum e criamos o site. As inspirações sempre foram os sites internacionais como IGN, Gamespot, Latino Review e Joblo.

Começar o projeto foi difícil? Você teve ajuda ou iniciou sozinho?

É complicado, mas tínhamos a base da faculdade. Antes de ter a ideia do site, tínhamos acabado de ter uma cadeira chama PLANO DE NEGÓCIOS. Dessa forma, passamos 6 meses produzindo um plano sobre o que queríamos com site. Como disse antes, a ideia era colocar em prática o aprendizado.

O que mudou na sua rotina com esse trabalho?

Mudou tudo. Abandonei meu emprego fixo e comecei a trabalhar exclusivamente com o Cinema com Rapadura, ganhando cerca de 10 vezes mais do que eu ganhava. Me tornei um empresário da internet e acabo não tendo tempo para muita coisa. Vivo para trabalhar. Minha sorte é que nessa área, assistir filme, além de trabalho, é diversão. Acabo pegando o fim de semana para fazer algumas coisas que gosto, além do cinema, como ir à praia, jogar videogames, pescar, viajar e DORMIR (rs).

Há quanto tempo o blog existe?

Dia 20 de Junho o Cinema com Rapadura faz 7 anos.

Tem algum projeto novo surgindo? Se sim, o qual é?

Nós queremos expandir a abrangência de produção de conteúdo do site. Além de cinema, até o meio do ano devemos estar cobrindo games, livros e quadrinhos.

Seus amigos passaram a pedir mais dicas depois que você começou a falar de cinema na internet?

Virei praticamente uma programação ambulante (rs). A galera pensa que eu sei decorado todos os horários. Mas é natural, se você trabalha com cinema, no mínimo você consegue recomendar bons filmes para os amigos.

Seu trabalho na internet é hoje o que você esperava quando começou?

Eu sempre esperava chegar no momento que estou hoje. Só o fato de viver de algo que criei na internet, poder ter um escritório em casa e viajar para vários lugares do mundo conhecendo artistas, diretores e produtores.

Como é a reação geral do público? Você recebe muitos comentários “haters”, de pessoas que só reclamam, mas não sabem muito bem porque reclamam?

Nós trabalhamos da melhor forma possível para nos aproximarmos do público. Temos comentários abertos (que são lidos e respondidos), e-mail para contato direto, Twitter, Facebook, etc. Sem falar dos inúmeros eventos que participamos com intuito de aproximar o público ao site. Mas sempre existes aqueles que só perseguem. Nós falamos sobre cinema, um tema que desperta amor e ódio nas pessoas. Fatalmente acabamos nos chocando com alguns leitores e ouvintes que não concordam com nossa opinião e se comportam de forma mal educada. Nosso objetivo é gerar discussão, mas de forma civilizada. Se essa galera não sabe se comportar, o mínimo que fazemos é ignorar e o máximo é bloquear.

Finalizando, que conselhos você daria para quem quer falar de cinema na internet?

Se o seu objetivo é escrever como hobby, fale de coração aberto. Se quer trabalhar profissionalmente, estude, faça cursos e se dedique, porque quanto mais você estudar, mais irá entender as camadas de interpretações que os filmes possuem.

Abs,

JURANDIR FILHO
Diretor Geral












Larissa Ludiana

terça-feira, 3 de maio de 2011

CINEMA 2011 - HANCOCK

A Globo passou HANCOCK, nesta segunda. Com este é o terceiro... Faltam 26...



Hancock é uma espécie de anti-herói. Uma tentativa de Hollywood de subverter as histórias de super-heróis trazendo um bem diferente. O cara é um mendigo, morador de rua, que vive bêbado e que causa confusão por onde passa. O povo todo o odeia.
Tudo começa a mudar quando ele salva um Relações Públicas de ser atropelado por um trem e que decide ajudá-lo a mudar sua imagem.

Com Will Smith seguro (como sempre), o filme ainda traz uma Charlize Theron irreconhecível e o Jason Bateman com a sua cara de sempre. Ele começa como uma comédia, mas depois escorrega para um drama de super-heróis. É interessante. O filme não compromete e traz um novo olhar sobre os super-heróis e como eles afetam a vida cotidiana das pessoas. Afinal, ninguém nunca mostra a destruição que os super-heróis causam nas cidades por onde passam.

No fim, todo super-herói tem um ponto fraco e o deste filme é meio que surpreendente (me pegou mesmo) e sugere uma origem para os super-heróis (seriam eles extra-terrestres... ou deuses... semi-deuses... é de se pensar no assunto).

É isso! Segue a listagem:

HOMEM DE FERRO - Ok - 04/04
JOGO DE AMOR EM LAS VEGAS - Ok - 11/04
HANCOCK - Ok - 02/05
CÓDIGO DE CONDUTA
MISSÃO BABILÔNIA
O DIA EM QUE A TERRA PAROU
TROVÃO TROPICAL
ZOHAN: UM AGENTE BOM DE CORTE
O GRANDE DAVE
HIGH SCHOOL MUSICAL 3: ÚLTIMO ANO
KUNG FU PANDA
A BELA E A FERA
RATATOUILLE
MADAGASCAR 2
SE EU FOSSE VOCÊ 2
A MULHER INVISÍVEL
OS NORMAIS 2 - A NOITE MAIS MALUCA DE TODAS
O CAÇADOR DE PIPAS
PIRATAS DO CARIBE 3: NO FIM DO MUNDO
VICKY CRISTINA BARCELONA
AS DUAS FACES DA LEI
FOI APENAS UM SONHO
AUSTRÁLIA
A LENDA DO TESOURO PERDIDO: O LIVRO DOS SEGREDOS
AS CRÔNICAS DE NÁRNIA: PRÍNCIPE CASPIAN
GUERRA AO TERROR
MARLEY E EU

Ricard Wolney

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bin Laden está morto (FAHRENHEIT 11/09)

Mas quem foi mesmo este homem? Vamos a um pouco de história...


Os Estados Unidos se envolveram em uma guerra que ficou conhecida como seu maior desastre militar de todos os tempos... Vocês cinéfilos já sabem: a Guerra do Vietnã, cenário de inúmeros filmes importantes das últimas décadas.
A URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - ou simplesmente União Soviética) também teve o seu Vietnã... Foi o Afeganistão.

Na década de oitenta a URSS invadiu o Afeganistão para apoiar o governo marxista que assumira o poder. E se deu mal. Muito devido à ajuda americana a alguns grupos nômades (os mujahedin) comandados por um nobre saudita - adivinhem quem... isso mesmo... Osama Bin Laden.

Quem armou este personagem crucial das últimas décadas foi o governo americano. Quem estava no poder era o Partido Republicano (Ronald Reagan), o mesmo de George W. Bush, e o seu Secretário de Defesa era o futuro vice-presidente Dick Cheney (político que foi CEO da Halliburton - gigante americana do petróleo).

Não vou entrar aqui na teoria da conspiração, até porque esta é a função do filme que vou indicar: FAHRENHEIT 11/09 (Em inglês é mais legal porque a designação da data é 9/11 - número de emergência da polícia americana).

O filme do controverso diretor Michael Moore mostra o relacionamento obscuro entre a família Bush e outras eminentes famílias sauditas, entre elas a Bin Laden. Isso mesmo! Ligação direta entre George W. Bush e Osama Bin Laden. A partir daí o filme dá pistas sobre as verdadeiras razões que levaram o governo Bush a invadir o Afeganistão. A proteção dos interesses das indústrias petrolíferas norte-americanas.

Assistam este filme ganhador da Palma de Ouro de Cannes (o prêmio principal, não um técnico de documentário) que começa com o ataque às Torres Gêmeas e vai fazendo todas as conexões que a mídia tradicional não tem a coragem de fazer. É interessante notar que ele não concorreu ao Oscar. É uma pena, mas a Academia é muito conservadora e retrógrada mesmo.

Michael Moore é muito conhecido nos EUA devido a vários programas e filmes bem controvertidos. Quem quiser assistir outros filmes do diretor pode começar com TIROS EM COLUMBINE, este sim, ganhador do Oscar de melhor documentário.



É isso e até a próxima...

Ricard Wolney