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quarta-feira, 1 de junho de 2011

GP do Cinema Brasileiro 2011

Vivendo e aprendendo. Ontem o Canal Brasil transmitiu a décima edição do Grande Prêmio do cinema brasileiro, e eu nunca tinha ouvido falar nesse evento. Então, senhoras e senhores, apresento-lhes o Oscar brasileiro.
Criado e organizado pela Academia Brasileira de Cinema - que eu também não conhecia - a premiação conta com 27 categorias, sendo três de voto popular. O evento ocorreu no Teatro São Caetano, no Rio de Janeiro, com apresentação de Fabíula Nascimento e Bruno Mazzeo, entregando o troféu Grande Otelo.
E EU NÃO ACREDITO QUE NÃO ASSISTI. hã-hãm.
Tropa de Elite 2 foi o grande vencedor, vencendo nove categorias, incluindo a de melhor filme, de 16 indicações.
E vamos aos vencedores:
O grande vencedor da noite
Melhor filme: Tropa de Elite 2, de José Padilha
Melhor documentário: O Homem que Engarrafava Nuvens, de Lírio Ferreira
Melhor longa infantil: Eu e Meu Guarda-Chuva, de Toni Vanzolini
Melhor direção: José Padilha (Tropa de Elite 2)
Atriz: Glória Pires (Lula, o Filho do Brasil)
Ator: Wagner Moura (Tropa de Elite 2)
Atriz coadjuvante: Cassia Kiss (Chico Xavier)
Ator coadjuvante: André Mattos (Tropa de Elite 2) e Caio Blat (As Melhores Coisas do Mundo)
Roteiro original: Tropa de Elite 2 (Bráulio Mantovani e José Padilha)
Roteiro adaptado: Chico Xavier (Marcos Bernstein)
Direção de fotografia: Tropa de Elite 2 (Lula Carvalho)
Direção de arte: Quincas Berro D'Água (Adrian Cooper)
Montagem (ficção): Tropa de Elite 2 (Daniel Rezende)
Montagem (documentário): Dzi Croquettes (Raphael Alvarez)
Figurino: Quincas Berro D'Água (Kika Lopes)
Maquiagem: Chico Xavier (Rose Verçosa)
Efeitos visuais: Nosso Lar (Darren Bell, Geoff Scott e Renato Tilhe)
Som: Tropa de Elite 2 (Alessandro Laroca, Armando Torres Jr. e Leandro Lima)
Trilha sonora: O Homem que Engarrafava Nuvens (Guto Graça Mello)
Trilha sonora original: Olhos Azuis (Jaques Morelenbaum)
Filme estrangeiro: O Segredo dos seus Olhos, de Juan José Campanella (Argentina)
Voto popular (ficção): Tropa de Elite 2
Voto popular (documentário): Dzi Croquettes , de Raphael Alvarez e Tatiana Issa
Voto popular (filme estrangeiro): A Rede Social, de David Fincher (EUA)
Curta-metragem (ficção): Recife Frio, de Kleber Mendonça Filho
Curta-metragem (documentário): Geral, de Anna Azevedo
Curta-metragem (animação): Tempestade, de Cesar Cabral

Para quem quiser saber mais sobre a premiação e a Academia, é só conferir o site oficial.
Agora, o desafio! Aos leitores que dizem que cinema brasileiro é só filme de bandido, de favela, de nordestino e da Xuxa, vamos dar uma olhada nos vencedores, e também nos que foram indicados, e vamos mostrar que o nosso cinema é bem maior do que a gente pensava.
Larissa Ludiana

domingo, 17 de abril de 2011

Cultura Cinematográfica - Prêmios Brasileiros

Em 2008, comecei uma pequena coluna no Banco do Brasil, onde trabalho, com o título CULTURA CINEMATOGRÁFICA, ela teve que acabar em Dezembro de 2010 e foi aí que entrei para o grupo do Rede Cinefilia.


Minha motivação inicial foi o feito do filme TROPA DE ELITE (do diretor José Padilha) ter ganho o Urso de Ouro em Berlim, um dos cinco maiores prêmios do cinema mundial. Podem me bater, mas ainda não assisti o filme.
Mas, independentemente de o filme ser bom ou não, fascista ou não, ele levantou um polêmica danada. E eu fiquei curioso de saber se outros filmes brasileiros já ganharam algum outro destes prêmios. E descobri algo estarrecedor: fora TROPA DE ELITE, somente outros dois filmes brasileiros ganharam prêmios importantes no cenário mundial (aí colocados Oscar, Globo de Ouro, Palma de Ouro de Cannes, Urso de Ouro de Berlim e Leão de Ouro de Veneza):
  • O PAGADOR DE PROMESSAS de Anselmo Duarte (Cannes - 1962) e
  • CENTRAL DO BRASIL de Walter Salles Jr. (Berlim - 1998).

Ou seja, o filme tem que ser bom!!!

Logicamente, excluí inúmeros festivais de cinema de qualidade, tais como Havana, Montreal, San Sebastián, Sundance (EUA) e outros, pois estes não têm o mesmo apelo simbólico que aqueles cinco lá de cima. Outros filmes nacionais até ganharam alguns prêmios importantes: O CANGACEIRO (Melhor Filme de Aventuras e Música - Cannes); ELES NÃO USAM BLACK-TIE (Grande Prêmio Especial do Júri - Veneza); CENTRAL DO BRASIL (Filme Estrangeiro - Globo de Ouro)*.

Portanto, esqueçam que eu não vi o filme, assistam e me digam. Se já viram, deixem seus comentários. Quero discussões por aqui. Abração.

Na próxima coluna, brasileiros que ganharam prêmios.

Ricard Wolney

* Único filme Brasileiro a ganhar um prêmio de filme estrangeiro em Oscar ou Globo de Ouro.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Terra Estrangeira

Eu peço desculpas para os leitores, mas não poderia deixar de falar de RANGO.

Mas agora segue:
O Melhor Filme Brasileiro que já vi!

Alguns vão pensar em CIDADE DE DEUS (com razão). Outros em TROPA DE ELITE.
Mas vou falar de: TERRA ESTRANGEIRA

Eu sei que não é um filme tecnicamente perfeito como Cidade de Deus (que é o melhor filme brasileiro já feito), mas é de uma emoção sem tamanho.
Trata de um período negro na história brasileira: o confisco do começo da "Era Collor". Fernando Alves Pinto é Paco, um aspirante a ator que mora com a avó. Vê sua vida desmoronar, em uma cena extraordinária, e tem que se virar para viver. O cara vai parar em Portugal (mais especificamente em um subúrbio de Lisboa), quando, na verdade, ele queria ir para a Espanha. A Espanha é a terra de sua avó, que estava juntando dinheiro, para levar o neto para conhecer sua terra natal. Ele vai como mula de traficantes de jóias – sem saber de sua situação e a coisa vai piorando cada vez mais e... não posso contar mais.

O filme é todo em preto e branco, o que se traduz em uma fotografia magnífica, com uma trilha sonora sublime e que acaba virando um road movie no final.
Os atores estão muito seguros do que estão fazendo o que torna tudo muito mais verossímil que qualquer outro filme nacional (fora CIDADE DE DEUS) que eu já vi. A Fernanda Torres e Fernando Alves Pinto dão show, mas com os coadjuvantes de luxo Laura Cardoso e Luís Melo não ficam atrás. O Walter Salles Jr. (de Central do Brasil) está seguro em seu primeiro filme relevante (segundo longa metragem). É PERFEITO!

TERRA ESTRANGEIRA fala, na verdade, sobre cada um de nós nos sentirmos em terra estrangeira, onde quer que estejamos. Estar em terra estrangeira dentro de nós mesmos. Um pouco como o livro O Estrangeiro de Albert Camus.
O filme trata ainda de outros temas meio espinhosos, como tráfico (drogas, jóias e pessoas), migração para a Europa (principalmente de africanos – um problema que ainda estava no comecinho) entre outros, o que faz do filme O MELHOR FILME NACIONAL QUE JÁ VI!

ASSISTAM!!!
Ricard Wolney

quarta-feira, 9 de março de 2011

Cinema + Carnaval x 2 (?)

Melhor que Drive-in, só esse cinema ambulante aí.
É, parece que a mente dos carnavalescos esse ano esteve conectada. O cinema foi tema de mais uma escola de samba, também no Rio de Janeiro, nessa segunda-feira.
Mas a Salgueiro, trazendo o enredo "O Rio no Cinema", diversificou da Unidos da Tijuca (post sobre a "Unidos" aqui) ao falar sobre o cinema brasileiro, e trazer ícones representantes do cinema, ao invés de focar nos filmes, como fez a adversária. Por exemplo a comissão de frente, que trazia vendedores de balas e pipoqueiros, seguidos de uma sala de cinema ambulante lotada, onde as estrelas eram os espectadores. Ou o carro "Cabaré", e a ala dos "malandros" aqueles de roupa branca e chapéu panamá.
Fonte das Imagens: Portal G1
Nisso a Salgueiro foi muito bem, trazendo a Cinelândia - praça carioca que nos anos 30 era rodeada por cinemas, teatros, boates e cassinos - aos holofotes na Sapucaí. Teve também referência a vários filmes brasileiros, como Madame Satã, e o mais recente Tropa de Elite, representado nas fantasias da bateria.
Mas aí a coisa começou a desandar. Foi um verdadeiro carnaval (será que essa era mesmo a ideia?) misturar o glamour da cinelândia dos anos 30 com filmes Hollywoodianos, como Homem-Aranha, Super-Homem (numa mistura muito estranha com turbantes da Carmem Miranda), e o Kink Kong, num carro alegórico gigantesco que iniciou todos os problemas técnicos pelos quais a escola passou dali em diante, com o carro final - uma homenagem ao oscar - também encalhado na entrada da avenida, a Salgueiro teve que literalmente correr pelo resto do percurso. Mas não adiantou, e eles pagaram o preço de bagunçarem com o tema proposto, com dez minutos de atraso.
Fiquei super impressionada com o carro seção de cinema, mas tenho que dizer: os Na'vis de Avatar deles estavam muito feios. E depois não consegui ver mais nada porque eles correram muito.