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terça-feira, 15 de março de 2016

House of Cards - Não é só uma mera coincidência.

Aqui pra nós, House of Cards já era uma baita de uma série, premiadíssima e sucesso de críticas. Mas olhe!! A quarta temporada, ansiosamente aguardada pelos fãs, tratou de superar todas as expectativas e é simplesmente sensacional.


Já tínhamos nos acostumado a ver o implacável Frank Underwood passando por cima de tudo e de todos para conseguir o que queria. Corrupto e manipulador, conseguiu chegar à Casa Branca e parecia não ter adversários à altura, até que nos últimos episódios da terceira temporada a poderosa Claire resolve virar o jogo e mudar completamente a perspectiva da trama.


Todo o tom da continuação da história é dado por ela, a Primeira Dama, que cansa de ser coadjuvante e vai em busca do seu papel de protagonista. E pode crer, ela aprendeu direitinho a ser uma Underwood. Consciente de seu potencial, maquiavélica e faminta pelo poder, Claire aproveita a oportunidade que surge quando Frank sai de cena por causa de um atentado e toma para si o controle das ações.


Aliás, o atentado sofrido pelo presidente, ainda por conta da história mal resolvida com Lucas Goodwin, é um ponto muito importante da trama, pois coloca em evidencia não só a ascensão de Claire e as fragilidades de Underwood, seus traumas e delírios, como nos apresenta outros excelentes personagens, importantes para tecer a rede psicológica da série.


E aí tem de tudo, o cão de guarda Doug, que volta à sua melhor forma, o enigmático Thomas, que vive um tórrido caso com Claire e o narcisista Will Conway, concorrente de Frank na corrida presidencial e que é tão ávido pelo poder quanto o nosso protagonista.

Quanto à temática, o seriado ainda trata dos temas comumente relacionados à política, como corrupção, sexo, manipulação, ética ou neste caso a ausência dela, e nos convida a entrar em um universo ainda mais verossímil que nos episódios anteriores, construindo um retrato fiel dos jogos políticos, cada vez menos ideológicos e cada vez mais contaminados.


Outro detalhe excelente fica por conta dos conceitos de Administração trabalhados no enredo. Impossível não ficar boquiaberto com a capacidade de Frank de lidar com crises e de tomar atitudes decisivas, baseado em análise de riscos e numa perfeita avaliação dos cenários e dos adversários. E mesmo quando ele mostra abatimento, a liderança é exercida magistralmente por Claire.

Cinematograficamente, cabe destacar os cenários muito bem montados, com elementos simétricos que passam uma clara mensagem de "equilíbrio de poder", os enquadramentos perfeitos das cenas e os diálogos densos, além da já conhecida "quebra da quarta parede".

Enfim, já deu para sentir o quanto a nova temporada de House of Cards agrada. É fantástica! Com certeza vale uma boa maratona e sem esquecer é claro, da pipoca!!


Por Thiago Sales


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Cultura Cinematográfica - Os Homens Que Não Amavam As Mulheres


Acabamos de chegar do cinema onde vimos Millenium - Os Homens Que Não Amavam As Mulheres.

Daniel Craig e Rooney Mara

Muito bom filme. Trata de um caso de assassinato em uma família muito conturbada. Um jornalista é contratado para fazer a investigação e vai contar com a ajuda de uma assistente... digamos assim... um pouco estranha, interpretada belissimamente por Rooney Mara. O filme é muito violento (mais visualmente que psicologicamente) e tem algumas horas em que é incômodo ver as cenas de violência. Trata, um pouco de longe, sobre como os suecos apoiaram o nazismo na época da segunda guerra e como até hoje não está muito bem resolvido este assunto e como ainda existem alguns nazistas dentro da sociedade sueca como um todo.

No geral, excelente. Mas já ouvi falar que a versão sueca (o filme é baseado em um livro sueco de Stieg Larsson) é melhor.

É mais ou menos isso que vemos no filme (um pouco mais em preto e branco)

O filme é do diretor David Fincher (que considero o melhor diretor da atualidade - entre os novos é claro) e tem atuações espetaculares, especialmente de Rooney Mara que interpreta a heroína Lisbeth Salander. É uma pena o filme não estar concorrendo ao Oscar de melhor filme, apenas a melhor atriz e alguns Oscars técnicos.

A edição muito boa, muito bem montado o filme. A fotografia belíssima aproveita muito bem todos os tons de cores de todas as estações da Suécia (local onde o filme foi feito). Os muitos tons de branco, cinza e azul do Inverno gelado da Suécia. As cores do Outono e da Primavera. muito legal e foram reconhecidos pela Academia.

É isso! Vejam!

Ricard Wolney

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cultura Cinematográfica - Perfil - Edward Norton

Volto depois de umas férias auto-impostas... hehehe... Minha sócia me disse que não adianta eu fazer greve por aqui, já que eu não recebo salário. Aliás - ela disse - ela me dá um aumento de 100%. Estou até agora fazendo todas as diferenciais e integrais para saber quanto é cem por cento de zero...

Enfim... Lá vai um post novo... Vou fazer o primeiro Perfil de alguém aqui no blog. Edward Norton.

Edward Norton é O Maior Ator da Atualidade. (Falo sem meias-palavras. Eu não acho... Ele é e ponto)

O cara além de ser multifacetado ainda tem vários méritos como produtor e até diretor. Falarei apenas dos seus três melhores filmes (desta vez, na minha opinião): AS DUAS FACES DE UM CRIME (Primal Fear), A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA (American History X) e CLUBE DA LUTA (Fight Club).

Olhem a cara de santo do rapaz. Vocês não imaginam o que vem depois.

Para As Duas Faces de um Crime, Edward bateu mais de 2 mil atores e levou o papel  do jovem acusado de matar um padre neste drama de tribunal com Richard Gere no papel do advogado que vai defendê-lo. Já na sua estréia é indicado ao Oscar. O cara está surpreendente como um portador de dupla personalidade e seu rosto muda cada vez que muda a personalidade. Incrível. Mas o post é sobre o Edward Norton, depois faço um sobre este filme.

Ele é o mal encarnado.

Em A Outra  História Americana, Edward mudou totalmente de fisionomia (porte físico de atleta mesmo) para fazer o papel do neo-nazista (não sei se mantém ou não o hífen - ajudem aí, vá lá...) Derek. Faz uma cena onde vejo mais perfeitamente o mal personificado (podem me crucificar, mas ainda não assisti alguns filmes clássicos de suspense). Só para não estragar a surpresa de quem não viu o filme só digo que prestem atenção à cena onde ele é preso.
Quando o diretor não se decidiu pelo corte final do filme, Ed foi lá e fez a edição da história de dois irmãos e o ódio neo-nazista que os une. Como resultado, foi novamente indicado ao Oscar.

Com insônia, nada é real... Tudo é uma cópia de uma cópia de uma cópia...

Clube da Luta é provavelmente o filme mais importante da década de 90. É um verdadeiro manifesto anti-capitalista e contra a letargia que dominou a geração do fim-do-século. Ele aprendeu a fazer sabonetes, ficou bêbado para rodar uma cena com Brad Pitt e interpretou um personagem sem nome (O Narrador). Quem quiser saber mais sobre o filme clique aqui: O Melhor Filme de Todos os Tempos.

O cara é tão bom que não conheço nenhum filme ruim dele. Estou nesse momento pesquisando na Wikipédia, pra ver se acho algo ruim, mas todos são, no mínimo, muito bons. Faço aqui algumas menções honrosas para quem não conhece alguns filmes menores deste brilhante ator americano:

  • O Povo Contra Larry Flynt (dirigido por Milos Forman)
  • Todos Dizem Eu Te amo (já no segundo filme o cara é escalado pelo Woody Allen para trabalhar com ele)
  • Tenha Fé (onde ele estréia na direção e trabalha com Ben Stiler)
  • Morra, Smoochy, Morra (uma comédia de humor negro que satiriza o Barney [dos programas infantis] onde ele trabalha com o Robin Williams)
  • O Ilusionista (Este acho que todos vocês já deve ter assistido, mas coloco mesmo assim, porque é muito bom)

É isso...

 Ricard Wolney

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Rede Social

*Postagem original em 27/02/2011.


Os primeiros minutos de filme me deixaram meio confusa. Fiquei animada com a música do White Stripes – toda a trilha sonora também é muito boa, como prova a indicação na categoria – mas a fotografia escura e amarelada me incomodou. Assim como a fala rápida e desconexa de Jesse Eisenberg – numa bela atuação que lhe valeu indicação na categoria de melhor ator – no papel do polêmico Mark Zuckerberg, criador do Facebook. O ponto positivo foram os créditos iniciais. Simples, mas interessante.

David Fincher – que concorreu a melhor diretor no Oscar – não provoca o mesmo furor e reflexão que causou em seu brilhante “Clube da Luta”. Me incomoda que o filme não se atenha aos fatos e crie novos e ficcionais conflitos. Apesar da falta de veracidade, o roteiro é bem provido de conflitos sustentados no correr da história. Como o site que o Mark do filme cria para zoar as garotas da faculdade depois que sua namorada termina com ele. E que dá o pontapé inicial a todos os conflitos seguintes.

No contexto geral é um bom filme. Mas me deixou perdida de vez em quando, pois a ação muda continuamente entre toda a jornada do facebook e os dois processos movidos contra Zuckerberg, por Eduardo Saverin e os irmãos Wilklevoss. Essa parte é verídica.

A rede social concorreu a melhor roteiro adaptado, fotografia, montagem, trilha sonora e mixagem de som, sendo oito categorias no total, empatando com “A Origem”. Passando longe do favorito “O discurso do Rei”, que teve doze indicações, eu imaginava que não levaria o prêmio principal, porque ele falha no que penso ser o intuito de Fincher: nos dar um choque de realidade quanto ao mundo novo da tecnologia que traz amizades instantâneas e fugazes. Mas há algo com que não contamos: o poder e fama que o facebook tem nos EUA. E isso poderia ter sido algo determinante na premiação.

Larissa Ludiana

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Vida de Cinéfila/Acadêmica

Ele parece meio maluco? Não é por acaso.
Não existe tal coisa. Como estudante de jornalismo e blogueira de cinema, só tenho tempo de estudar, assistir filmes e comentá-los aqui. E final de semestre é uma loucura tão grande, que o blog ficou meio abandonado. Aí eu fico louca, querendo arranjar tempo de escrever. E decidi fazer esse pequeno desabafo com vocês.
Mas eu também descobri a solução. Uni o útil ao agradável e meus trabalhos da faculdade foram todos sobre cinema. Sério. Em breve publicarei meus artigos cinéfilos, e espero inspirar outros amantes do cinema.
Foi legal por que finalmente assisti Cidadão Kane, que há tempos precisava ver, e revi o ótimo Zodíaco.
Recomendo os dois, que são maravilhosos mas escrevi tanto sobre eles que esgotei minhas capacidades analíticas.

Para quem é ou quer ser jornalista, vale muito a pena ver, e depois pensar se é isso mesmo que vocês querem.

Zodíaco e seu time de estrelas
Aviso pra os que não aguentam cenas fortes: não vejam Zodíaco se não suportam ver alguém ser esfaqueado.
Este filme conta a história de um serial killer norte-americano que nunca foi capturado pela polícia. História real. Direção de David Fincher.
Welles, quero namorar com você em 1937.
Cidadão Kane, obra do onipresente Orson Welles, que dirigiu, atuou e produziu, conta a história de um rico dono de jornal meio solitário. Tenho que dar o braço a torcer: é mesmo o melhor filme de todos os tempos. E uma das surpresas é que Welles tinha só 25 anos quando fez o filme. Qualquer semelhança com os donos das grandes empresas de comunicação não é mera coincidência.

Prometo voltar em breve com textos de verdade e novidades cinematográficas de Fortaleza.
Larissa Ludiana

quinta-feira, 3 de março de 2011

O (meu) melhor filme de todos os tempos

Não posso começar por outro filme que não: "CLUBE DA LUTA".
Se fosse só para citar os aspectos técnicos do filme, ficaria muito chato e o pessoal me acharia mais um "nerd" cinéfilo e isso é tudo o que eu não quero. (Apesar de direção, roteiro, edição e atuações serem perfeitos)
A genialidade de Clube da Luta está na sua ousadia. Ousadia de ter um roteiro imprevisível (com um final idem), de mexer ainda mais na ferida da sociedade moderna, de ir fundo na mente humana e utilizar elementos nunca antes vistos, de ser violento (apesar de justificável)... Isso é CLUBE DA LUTA
Ele é sim um filme perigoso. Mas somente para quem não está disposto a pensar, a penetrar e explorar a surra de idéias que o filme proporciona. TODAS as lutas são metáforas. Não estão ali para compor só cenas extremamente violentas. Elas existem para mostrar o desespero em que se encontra quem descobre que sua vida é um grande NADA. Sem dúvida, um filme mais do que brilhante. O melhor filme que eu já assisti.

O filme se pauta por um anti-capitalismo e um sentimento de anti-violência. Se analisarmos esse filme de maneira superficial, acharemos que a violência é uma boa maneira de resolver os problemas. Mas, se formos a fundo, descobrimos que o filme é, na verdade, pacifista (isto mesmo, pacifista).
JACK (Edward Norton - brilhante!) não agüenta mais sua vidinha fútil, sem significado. TYLER (Brad Pitt - insano!), um maluco anti-capitalista, fica amigo dele. Juntos fundam o tal Clube Da Luta, um local onde homens brigam entre si para extravasar toda a fúria de suas vidas rotineiras. A coisa começa a sair do controle e... Não posso contar mais senão estraga para quem não viu!!!
As mensagens anti-consumismo são mais que claras ("Você NÃO é o seu carro...") e também são outro ponto forte do filme.
Na próxima semana: O melhor filme brasileiro (na minha opinião, claro). Abraço.
Ricard Wolney