Bachelorette é um filme incômodo.
Devo explicar: quando você virou
uma feminista que tenta “problematizar” tudo ao seu redor (como eu), alguns
filmes são intragáveis. Ou alguns personagens (fico devendo exemplificar com o
ótimo caso de 500 dias com ela). Então ao assistir Bachelorette, tive diversos
momentos de surpresa.
Como o próprio título em
português já cita, o filme é sobre um casamento. A personagem a se casar é
Becky, interpretada pela sempre ótima Rebel Wilson. Já fiquei feliz de cara.
Atriz gorda, interpretando uma personagem satisfeita com seu corpo, vai casar,
e as amigas magras anoréxicas são as coadjuvantes. Ah, como eu estava enganada.
O enredo se desenrola e temos uma
amiga magra e bulímica sentindo inveja da noiva, uma garota bonita burra e
servindo de objeto para os homens ao seu redor, e a terceira amiga baderneira e
rastejando aos pés do ex. Nada de novo até agora no mundo das comédias
românticas. As três juntas debocham do tamanho de Becky, e destroem seu vestido
de noiva acidentalmente.
Até aí tudo isso me incomodava,
mas não o suficiente pra desligar a TV. As três seguem numa jornada para
recuperar o vestido a tempo do casamento. Enquanto isso, descobrem coisas sobre
si mesmas, enfrentam obstáculos juntas. Num final obviamente esperado, as
amigas estão felizes, acompanhadas e dançam ao som de I’m gonna be (500 miles),
melhor presente que o filme me deu, e que toco em looping desde então.
Acho que o que me fez ir até o
final desse filme, é que muitas vezes somos as pessoas que os outros enxergam e
nos rotulam. E só quando encontramos adversidades, decidimos gritar “F*CK
EVERYONE!”.
Por Larissa Ludiana
Por Larissa Ludiana
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