sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Maratona do Oscar - Meia-Noite em Paris

Woody Allen volta a ser Woody Allen, nesta deliciosa comédia meio surreal, depois de alguns filmes realizados em Londres que fugiam um pouco do seu estilo clássico que o tornou famoso (comédia de costumes, com roteiro rápido e tiradas muito inteligentes)


Os últimos filmes de Woody Allen, realizados em Londres e em Barcelona são excelentes, mas ao mesmo tempo fogem ao humor constante na obra dele. Neste, ele recupera seu vigor dos anos 70 e 80.

O filme trata de um escritor (meio fracassado, Owen Wilson como um alter-ego do próprio Woody, aliás em alguns momentos achei que era o próprio Woody Allen quem estava sendo filmado) que está com problemas para finalizar seu mais novo livro e viaja com a noiva para Paris, cidade que ele idolatra. No meio desta viagem ele entra em uma "viagem": toda meia-noite ele acaba indo parar nos anos 20 - período que ele considera mais perfeito que o atual, afinal foi nesta época, e nesta cidade, que viveram, ao mesmo tempo, Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald, Pablo Picasso, Cole Porter, Salvador Dali, Luís Buñuel, entre outros.

Ernest Hemingway e F. Scott Fitzgerald

Ele encontra todos estes escritores, músicos e personagens importantes da história e chegamos à discussão sobre se nossa época de ouro é, realmente, uma época de ouro, ou se a grama do vizinho é sempre mais verde. Ele conhece uma modelo da época, interpretada por Marion Cotillard, e é forçado a confrontar seus pensamentos sobre este assunto.

Eu também trocaria a Rachel McAdams pela Marion Cotillard

O filme é excelente, a direção de Woody Allen é a melhor desde Crimes e Pecados (tudo bem que em Vicky Cristina Barcelona encontramos os lampejos de Woody Allen, mas neste ele se supera) e tem atuações brilhantes de Owen Wilson, Rachel McAdams e Marion Cotillard além de participações mais que especias de Martin Sheen, Kathy Bates e Adrien Brody.

No Oscar deste domingo, o filme concorre a Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original e Direção de Arte (Cenários). É pouco frente à magnitude do filme. Acho que ele talvez leve roteiro se O Artista não arrastar tudo.

É isso! Assistam que vale a pena.

Ricard Wolney

2 comentários:

Anônimo disse...

Ele não era escritor, ele era diretor de cinema e decide virar escritor. No filme ele está tentando escrever seu primeiro livro e não "o seu mais novo livro". Assista o filme.

Ricard Wolney disse...

Caro anônimo, é muito fácil criticar sem mostrar seu rosto. Mas voltando ao ponto: ele não era direto, mas roteirista de cinema, o que o faz um escritor de filmes.

Portanto: assista o filme você.


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