Pois é, eu fui mesmo ver o filme com minha irmã fã do "JB" |
Não. Eu não vou dizer que é um filme de alta qualidade, nem que a música é boa. Mas quero defender a razão-mor do cinema: o entretenimento. E obviamente, o lucro.
Recentemente, estive discutindo sobre a programação dos cinemas em fortaleza com um amigo, e estávamos indignados por Biutiful ter saído tão cedo de cartaz enquanto Never say never estava em várias salas, inclusive em 3D (???). O objetivo, lógico, é ganhar dinheiro. Por que milhões de garotas conhecem o Justin Bieber, e pouca gente ao menos ouviu falar do Javier Bardem. (Não adianta dizer que assiste Sobrenatural. Não é ele.)
A gente às vezes critica a mídia de massa, mas na verdade é isso que rende. E não adianta apelar, que todo mundo acha bom ganhar dinheiro.
E por incrível que pareça, o filme me deixou refletindo. O documentário, além de mostrar a rotina exaustiva do cantor - que tem talento, diga-se - entrevista muitas fãs à espera do ídolo, e mostra a emoção das mesmas. Fiquei muito impressionada com o fervor com que elas o seguem, imitando o sorriso, a dança, o balançar de cabelo. Mais que fãs, fanáticas garotas, muito jovens, que sofrem, choram, e pedem o Justin em casamento
Isso tudo foi criado pela nossa geração, a geração interligada, que não sabe direito diferenciar as ligações virtuais das reais. Assim, as fãs se sentem donas do fenômeno, pois elas o encontraram no youtube quando ele nem fazia sucesso, ou o seguem no twitter. A geração em que todo mundo pode fazer o que quiser e todo mundo pode ser famoso elegeu o lema: Nunca desista dos seus sonhos, e nunca diga nunca.
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