quinta-feira, 10 de março de 2011

Coraçõezinhos à parte...

Pois é, eu fui mesmo ver o filme com minha irmã fã do "JB"
      Muita gente vai me bater por ter assistido Never say Never (vulgo filme do Justin Bieber), e provavelmente estarão preparando tochas para vir à minha caça (Shrek feelings) quando virem que ousei fazer um post sobre o filme. Mas calma que eu explico.
      Não. Eu não vou dizer que é um filme de alta qualidade, nem que a música é boa. Mas quero defender a razão-mor do cinema: o entretenimento. E obviamente, o lucro.
      Recentemente, estive discutindo sobre a programação dos cinemas em fortaleza com um amigo, e estávamos indignados por Biutiful ter saído tão cedo de cartaz enquanto Never say never estava em várias salas, inclusive em 3D (???). O objetivo, lógico, é ganhar dinheiro. Por que milhões de garotas conhecem o Justin Bieber, e pouca gente ao menos ouviu falar do Javier Bardem. (Não adianta dizer que assiste Sobrenatural. Não é ele.)
      A gente às vezes critica a mídia de massa, mas na verdade é isso que rende. E não adianta apelar, que todo mundo acha bom ganhar dinheiro.
      E por incrível que pareça, o filme me deixou refletindo. O documentário, além de mostrar a rotina exaustiva do cantor - que tem talento, diga-se - entrevista muitas fãs à espera do ídolo, e mostra a emoção das mesmas. Fiquei muito impressionada com o fervor com que elas o seguem, imitando o sorriso, a dança, o balançar de cabelo. Mais que fãs, fanáticas garotas, muito jovens, que sofrem, choram, e pedem o Justin em casamento WTF?.
      Isso tudo foi criado pela nossa geração, a geração interligada, que não sabe direito diferenciar as ligações virtuais das reais. Assim, as fãs se sentem donas do fenômeno, pois elas o encontraram no youtube quando ele nem fazia sucesso, ou o seguem no twitter. A geração em que todo mundo pode fazer o que quiser e todo mundo pode ser famoso elegeu o lema: Nunca desista dos seus sonhos, e nunca diga nunca.

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