quinta-feira, 19 de maio de 2011

Kill Bill

Se eu fosse resumir Kill Bill em três palavras, seriam: SANGUE, MUITO SANGUE.
Não falei? Tem sangue até na propaganda do filme!
Para quem tem problemas em ver pessoas perdendo pernas, braços, pés, escalpos, lábios e afins, não recomendo esse filme. Quentin Tarantino se superou no quesito sangue, inspiração dos filmes de kung-fu dos anos 70. Cada morto deve sangrar uns 10 litros.
Agora, quem não tá nem aí de ver o sangue jorrando solto pela tela e ainda respingar um pouco pra fora dela, vale muito a pena. Inclusive porque o Volume 2 não tem nem metade da carnificina do Volume 1, mas mantém o ritmo incrível do primeiro. A história da “Noiva” vivida lindamente e maravilhosamente pela Uma Thurman, contada numa ordem aleatória, o segundo filme é continuação imediata do primeiro.
Uma & Quentin: criadores da personagem "A Noiva"
Mas vamos tentar pôr os fatos em ordem: A noiva é encontrada junto com o noivo e mais 7 pessoas numa igreja no Novo México. Todos mortos, exceto ela. Quando acorda de um coma de quatro anos, ela só pensa em vingança. Pra isso, faz um Top List 5 (ela deve ler nosso blog também) e vai procurar, um por um, seus quase assassinos. O top um é, logicamente, Bill.
Muitas coisas em Kill Bill soam cafonas ou exageradas (destaque para o tique nervoso de Pai Mei de mexer a comprida barba), mas quem acompanha os filmes de Tarantino conhece e aprecia essas excentricidades. Falando nisso, um detalhe importante sobre a personalidade do diretor é que ele é podólatra (tem fetiche por pés), e nesse filme, os pés são imensamente explorados nas expressões dos personagens.
Eu não podia deixar de falar da trilha sonora, trabalho de Robert Rodriguez, “brother” do Quentin. As músicas comumente utilizadas em seus filmes tem um estilo country. No caso de Kill Bill, além desse elemento há também muita música japonesa, a maioria num estilo mais meloso e dramático, para combinar com os personagens e cenários orientais.
Finalizando os elementos básicos do jeito Tarantinesco de fazer filmes, não podia faltar a cota de conversas que não tem nada a ver com a trama, sendo o ponto alto uma pequena divagação sobre super-heróis e alter egos. Como sempre, Tarantino fez um filme (sim, considero um só filme) bonito, completo e de tirar o fôlego. Me faz imaginar de onde ele tirará o mote para Kill Bill Volume 3.
Larissa Ludiana

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