domingo, 11 de setembro de 2011

Cultura Cinematográfica - Dogma

Imagine o seguinte: Jesus Cristo não morreu na cruz... (Calma, não estou começando nenhuma heresia. Já existem historiadores sérios trabalhando sobre isso.) Continuando... Teve filhos e, consequentemente, gerou descendentes...

Cristo Camarada

O último descendente de Cristo na Terra é uma mulher... Logicamente, não faz a menor idéia disso. Trabalha em uma clínica de aborto. Paralelamente a isso, dois anjos caídos (Ben Affleck e Matt Damon, que haviam acabado de ganhar o Oscar por Gênio Indomável), que foram expulsos do Paraíso, tentam escapar desta punição que Deus deu a eles... Mas isso, vai acabar provando que Ele não é infalível e acabará com toda a humanidade. O Céu vai tentar impedir e o Inferno vai tentar tirar proveito da situação.

No meio desta bagunça, dessa luta entre o Bem e o Mal, Bethany Sloane (Linda Fiorentino, de Homens de Preto) é a única pessoa que pode salvar o Mundo.

Imagina o que ela vai encontrar



Dentro deste contexto, Kevin Smith (de O Balconista, Barrados no Shopping e Procura-se Amy), um dos maiores diretores da atualidade, faz uma sátira a quase todos os dogmas da Igreja, na hilariante comédia DOGMA.

Inclua-se aí um apóstolo negro (Chris Rock), o décimo terceiro apóstolo de Jesus, que foi "esquecido" da Bíblia Canônica por ser negro... Os anjos que foram condenados a lugar pior que o Inferno e dois malucos que são os únicos - os Profetas - que podem ajudá-la nesta tarefa (Jay e Silent Bob, interpretados por Jason Mewes e o próprio Kevin Smith e que são personagens de outros filmes do diretor). E uma Musa Inspiradora (Salma Hayek).

Apóstolo, Profetas e Descendente de Jesus



Quanto ao filme, o roteiro e a direção são excelentes... Cada fala tem um sentido (teológico até) que nos faz pensar durante alguns dias, meses e mesmo anos (como é o meu caso). A atuação é um caso à parte, pois inclui atores respeitados como Ben Affleck, Matt Damon, Salma Hayek, Alan Rickman, Chris Rock... Todos em um relativo começo de carreira. E com uma participação, pra lá de especial de Alanis Morissette. Você pode vê-lo como um besteirol, uma comédia muito inteligente (que é o que eu prefiro) ou mesmo como um debate teológico profundo (o que ele faz). Mas ele vai te dar algumas respostas com muito bom humor a perguntas que temos um certo receio de fazer.


Assistam sem nenhum preconceito... Não se deixem levar pelos dogmas que ficam na nossa cabeça... Depois me digam...



É isso! E um bom resto de final-de-semana.

Ricard Wolney

Um comentário:

Sofia disse...

Rapaz, eu assisti esse filme há mais de 10 anos e não esqueci dele... Ainda procuro pra ver de novo, porque, religião à parte, eu me diverti muito! É um filme excelente, e no dia que eu o encontrar, vou comprá-lo para mim!
Bem lembrado, Ricard!!!