Por Larissa Ludiana
Pois é, não sei a de
vocês, mas minha vida é um filme, talvez não dos melhores, talvez nem sempre
merecendo um Oscar, milhares de vezes uma comédia romântica mal sucedida, mas
eu sou a protagonista. Uma protagonista de sangue quente, bem Penélope Cruz, em
Vicky Cristina Barcelona,
especialmente. Com menos peitos, claro.
Enfim, como todo filme,
como este blog, nesse exato momento, chegou a hora da minha reviravolta, do meu
retorno triunfal. E pra trazer o Rede Cinefilia de volta dos mortos (perdendo por
pouco o dia dos mortos) eu não podia falar de um filme. Eu tinha que falar de
todos eles. E de como eles me inspiram a levantar a cabeça todos os dias e
escolher a trilha sonora de mais uma aventura.
Felizmente ou
infelizmente, os momentos mais difíceis, os momentos mais dolorosos são
cortados das lindas comédias românticas em que o cara certo era o cara certo. O
tempo passa em um simples fade out
onde as pessoas já expulsaram seus fantasmas e são felizes de novo. Na vida real temos que lidar com a escuridão
do fade out, e ela escorre devagar
pelo tempo que corre ligeiro, até encontrarmos o final feliz. Que pode até ser
feliz, mas definitivamente não é o final. O fim do nosso filme não é exatamente
feliz, mas a gente sempre pode editar tudo na nossa cabeça e fazer as coisas se
transformarem em milhões de finais felizes, recheando nossa vida em que a única
coisa certa é que acaba.
Por fim, prometo não
transformar esse espaço num mural da minha vida pessoal e dos meus sentimentos,
mas voltar a escrever textos aqui é um passo tão importante e alegre e doloroso
como um começo ou um término de namoro. Tudo, na tela e na vida, é cheio de cor
e de todos os sentimentos que cabem no peito.
Portanto, leitores
novos e antigos, respirem fundo, cabeça erguida, e fade in.